O deputado licenciado Gilmar Fabris (DEM), que enfrenta processo de cassação por compra de votos, afirmou que obteve menos votos em Poxoréo na campanha de 2006 do que nos pleitos anteriores. Em seguida, em tom de ironia, disse: "compraram meus votos".

    Fabris acompanhou pessoalmente a sessão no Tribunal Regional Eleitoral nesta quinta à noite. A representação que pede a cassação do seu mandato começou a ser apreciada. Dois juizes-membros já votaram pela perda do mandato.  Há provas robustas contra o parlamentar.

   Com seu estilo polêmico, Fabris negou que tenha comprado votos em Poxoréo. Afirma que há sete anos não vai ao município. Disse que na primeira disputa para deputado estadual teve em Poxoréo cerca de 1,5 mil votos. Depois, obteve 970, baixou para 580 e, no ano passado, para menos de 300. "Só tive 200 votos lá e estou respondendo (a processo)".

   Detalhe: com o Ministério Público e com a Justiça Eleitoral está uma prova cabal: caderneta apreendida com uma coordenadora da campanha de Fabris, com identificação de mais de 200 eleitores, acompanhado dos números do títulos, seções e depoimentos de pagamento em dinheiro por voto.

 Atualização às 15h08 - O julgamento adiado devido ao pedido de vistas de Maria Abadia está na pauta para ser retomado nesta sexta (23). 

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