O PPS aproveitou esta quinta, último dia permitido aos partidos para pedir cassação do mandato de parlamentares infiéis, e protocolou nada menos que 86 processos no Tribunal Regional Eleitoral. A lista poderia ser maior não fosse algumas petições sem assinaturas dos advogados.

    Dos pedidos já protocolados pela agremiação socialista, a maioria solicitam mandato de vereadores. O PPS também se antecipou para não perder as vagas de suplentes infiéis e já pediu a cassação dos que  poderiam assumir.

    Deputados que se desfiliaram também não foram perdoados. É o caso do líder do governo Blairo Maggi na Assembléia, Mauro Savi, que fugiu do PPS e migrou para o PR. O parlamentar licenciado e secretário-chefe da Casa Civil, João Malheiros, que seguiu o mesmo caminho, também está sob risco de cassação.

     Segundo o coordenador do diretório regional, Benedito Lucas, os atuais republicanos deixaram o PPS em abril. Já Savi garante que saiu antes da regra de 27 de março do TSE começar a valer. O mandato do vereador cuiabano Chico 2000 também corre risco.

   Ao todo são 133 processos protocolados no último dia para que as legendas acionem a Justiça Eleitoral no sentido de empossar os suplentes fiéis. A ordem para que os diretórios municipais e o estadual cobrassem na Justiça Eleitoral pela infidelidade dos ex-filiados partiu do diretório nacional, sob Roberto Freire (PE).

    O DEM é outro recordista em requerer mandatos por conta da infidelidade partidária. Foram formulados 18, sendo um deles referente à saída do vereador Deucimar Silva, que se filiou ao PP. Também recorreram ao TRE outros 9 partidos: PDT, PSDB, PMDB, PP, PSB, PSC, PSDC, PT e PTB.

     Mais pedidos podem surgir no período de 60 dias, pois desde esta sexta suplentes que sentem-se no dirieto de assumir cadeira de titulares podem ingressar com recursos, assim como o Ministério Público Eleitoral, que deve agir de ofício.

(Atualização às 22h)  - PP pede mandato de Lutero

  O PP resolveu ingressar também com pedido de cassação do mandato do presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Lutero Ponce, que migrou para o PMDB. (Simone Alves) 

     Confira abaixo quem são os infiéis que enfrentarão processo de cassação no TRE.