A quatro meses de assumir a cadeira de governador, o vice Silval Barbosa (PMDB), pré-candidato à sucessão estadual, já tem definido alguns nomes que vão compor o seu staff. Ele os mantém em sigilo. Já quanto aos 23 que estão no primeiro escalão, sob Blairo Maggi, o peemedebista já optou por manter quatro e estuda convidar outros dois para continuar no quadro de secretários. De novatos, o segredo é ainda maior. Mesmo assim, o RDNews apurou que dois já estão praticamente definidos para a nova equipe, sendo eles o jornalista Osmar Carvalho para a Comunicação Social, e a futura primeira-dama Roseli Barbosa, que substituirá Terezinha Maggi no Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social. Osmar foi secretário de Comunicação de Silval quando este presidiu a Assembleia Legislativa e continua no posto até hoje.

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Peemedebista que assume Palácio Paiaguás
em 4 de abril, está disposto a "segurar"
Eder (Fazenda), Arnaldo (Planejamento),
Curado (Sejusp) e Vilceu (Infraestrutura)
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                                                                       Fernando Ordakowski - clique para ampliação
    Da equipe econômica, Silval está disposto a manter o executivo Éder de Moraes, da Fazenda, é o recém-empossado Arnaldo Alves de Souza Neto, do Planejamento e Coordenação. Entende que ambos já estão "engrenados" na máquina pública e têm demonstrado competência técnica. Outro que também continua é Vilceu Marchetti, que conduz a Infraestrutura e ganhou a confiança do hoje vice-governador. Além disso, trata-se de um setor que o Palácio Paiaguás considera que foi o que mais avançou, com meta de chegar em 2010 com 61,9 mil casas populares construídas e entregues à população e também com pavimentação asfáltica de 2,9 mil km durante o governo Maggi. O delegado federal Diógenes Curado já foi convidado para continuar à frente da Justiça e Segurança Pública. Silval entende que trata-se de uma área sensível e que não pode sofrer mudança de comando na reta final da administração.

   O peemedebista terá oito meses de mandato, de 4 de abril a 31 de dezembro do próximo ano. Na cadeira de governador, já que Maggi renuncia para tentar o Senado, Silval buscará a reeleição, dentro da expectativa de continuar no posto por mais quatro anos. Mesmo de forma cautelosa e sem atropelar o processo, ele tem conversado com dirigentes de vários partidos com vistas a contemplá-los no staff. É mais um trunfo para ampliar a base aliada e reforçar o palanque rumo à sucessão de Maggi.

   Além dos quatro já praticamente definidos na equipe, Silval estuda a possibilidade de manter Augustinho Moro na Saúde, em que pese este enfrentar crise no setor. Os demais vão "cair" motivados por uma série de razões. Uns já demonstram interesse em voltar à iniciativa privada, outros por causa de candidaturas ou convites para ocupar novas funções na vida pública. Geraldo de Vitto (Administração), por exemplo, vai aproveitar a exoneração para fazer parte da coordenação da campanha de Silval à sucessão estadual.

   Eumar Novacki (Casa Civil e Comunicação) será um dos braços da campanha de Maggi na corrida ao Senado. Chico Daltro (Ciência e Tecnologia) volta a disputar cargo de deputado federal, assim como Ságuas Moraes (Educação). Os secretários Baiano Filho (Esportes e Lazer), Neldo Egon (Desenvolvimento Rural) e José Aparecido, o Cidinho (Projetos Estratégicos) se desincompatibilizam para concorrer a deputado estadual. (Romilson Dourado)