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Segunda-Feira, 31 de Dezembro de 2007, 08h:37 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:19
De quem é a culpa?
Amigos, mas um ano vai se iniciar, e teremos a mesma lengalenga eleitoral, temos uma eleição pela frente e vários candidatos estão colocados para governar a nossa Capital.
Não importa qual candidato vença o sistema político e injusto, a única mudança é de um novo gestor, que irá administrar a nossa Cuiabá, como se você tivesse escolhido um personagem diferente para jogar um jogo de videogame, mas que possui exatamente as mesmas habilidades e funções, que no caso é um boneco manipulado por poderes externos.
A democracia virou um espetáculo de televisão que emerge apenas durante a época de eleições, o cidadão renunciou a sua consciência crítica e migrou para uma posição de opinião pública, que é forjada pela televisão, votar nulo não serve para eliminar corruptos da política, mas pode funcionar como uma crítica generalizada. Optar pelo voto nulo é saudável como protesto contra todo um sistema.
Anular também parece uma boa para quem não se contenta, ou não vê diferença entre os candidatos? Política é escolha. E o voto nulo é uma escolha como qualquer outra.
Votar é um ato heróico. Hoje o eleitor esta escolhendo os candidatos como produtos. É preciso negar esse sistema. Os candidatos são cada vez mais parecidos. A briga entre eles é falsa e serve apenas para enganar os cidadãos, e para que continuem no poder.
Se o eleitor não está contente com nenhum candidato? Tem o direito de anular. É uma escolha. Política não é só voto, também é pressão e participação.
A motivação para o voto vem do cidadão, têm aqueles que só vota em candidatos com maior possibilidade de ser o vencedor, possibilidade esta que averiguamos através das controversas pesquisas eleitorais. Votar apenas nos que são considerados concorrentes de peso limita a eleição à escolha prévia pela mídia, afinal, ela é quem cria a maior parte do terreno para os candidatos.
Ao divulgar meu ideal não estou querendo tirar votos de nenhum candidato, quem sou eu? Mas sei que se alguém levar a sério o que estou dizendo, alguma coisa acontecerá. Eu não me importo, pois o efeito que quero causar é mais profundo, é nas pessoas, é em longo prazo, gradualmente. As crianças param pra pensar muitas vezes, os jovens bem menos, os adultos, quase nunca. É algum tipo de estupidez natural que herdamos em nossa desastrosa, controversas e invertidas evolução.
O voto nulo não seria somente um voto contra os candidatos, mas sim uma forma de protesto organizado pacífico contra o sistema injusto vigente. Seria lindo observar uma população unida e majoritária dizer, através da imensa maioria de votos nulos, que ela não é idiota, que não é ingênua, que sabe que esses candidatos praticamente não existem diferenças, e que nada poderão atuar no melhorando da nossa cidade.
O meu voto nulo já está garantido, pois me recuso a escolher entre "bosta e merda". Se pudermos dizer não pra “bosta” e pra “merda”, mesmo que nosso “não” seja desprovido de poder de mudança, pois a “merda” ou a “bosta” será eleito de qualquer jeito, pelo menos minha moral ficará menos encardida e mal cheirosa.
Dejair Soares é publicitário, pós-graduado em gestão pública, gestão de estado e cidades e gestão ambiental.
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