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Terça-Feira, 20 de Novembro de 2007, 11h:20 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:19
Dividido em 9 correntes, PT acirra debate interno
Com 3,5 mil filiados na Capital e cerca de 15 mil em todo o Estado, o PT nunca chegou ao comando do Palácio Paiaguás nestas quase 3 décadas de existência, apesar de ser o partido que mais tenta se organizar e promover debates internos e externos. É dividido em nove correntes, além de outros pequenos grupos que se classificam como independentes. Esses rachas começam a eclodir motivados pelas eleições diretas com vistas à renovação simultânea dos diretórios municipais, estadual e nacional, marcadas para 2 de dezembro.
O ex-Campo Majoritário, agora batizado de Unidade na Luta, reúne várias lideranças com cargos eletivos, como o deputado federal Carlos Abicalil e os estaduais Alexandre Cesar e Ságuas Moraes, que comanda a pasta da Educação do Estado. Em meio aos debates, petistas mergulham em teses, tendências, conspiram multuamente, ameaçam e depois de juntam em toda época de campanha eleitoral, assim que os nomes são definidos nas convenções.
Os rachas, porém, deixam cicatrizes. Assim, o grupo da senadora Serys Marly, que se identifica como Independente, não convive por muito tempo no mesmo ambiente com a facção da Unidade na Luta, capitaneada por Abicalil, Ságuas e Alexandre. As conspirações são tantas que Alexandre, por exemplo, foi informado que uma pessoa estava armando contra a senadora no sentido de ligá-la à máfia das sanguessugas, dos Vedoin. Pediu que o hoje deputado e ex-presidente regional do PT fizesse o alerta à Serys, o que não ocorreu. O escândalo estourou. Serys quase teve o mandato cassado. Foi vítima da ira de seus próprios colegas petistas.
A corrente mas light é da Unidade da Luta, responsável por levar o PT para os braços do governo Blairo Maggi. O partido, inclusive, participa da administração com dois cargos importantes: de secretário de Educação, sob Ságuas Moraes, e de adjunto de Gestão de Pessoas da própria Seduc, sob a ex-deputada opositora Vera Araújo. Em âmbito nacional, integram o ex-Campo Majoritário o ex-deputado e ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e o atual presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini.
Há, por outro lado, líderes radicais, como o ex-deputado estadual e federal Gilney Viana, da Utopia e Vida. Seu bloco congrega a vereadora cuiabana Enelinda Scala e Zelandes Santiago, do diretório de Várzea Grande. Gilney, aliás, é candidato à presidência nacional do partido - leia mais aqui.
Conflitos
A Articulação de Esquerda é a que mais tromba com a Unidade na Luta. Tem como principal líder Jairo Rocha, dirigente da Executiva da Capital. Ele é assessor parlamentar de Serys e tem como aliados Vilson Aguiar, candidato à presidência do diretório municipal de Cuiabá, e Arilson da Silva, presidente do Sindicato dos Bancários do Estado.
A ex-deputada Verinha conduz um pequeno bloco do Movimento PT. A Democracia Socialista tem à frente o ex-superintendente regional do Incra, Leonel Wohlfahrt. O Trabalho é articulado pelo professor da Unemat, Domingos Garcia. Há ainda no petismo em Mato Grosso a tendência Graúna, liderada pelo vereador cuiabano Lúdio Cabral, e a Esquerda Marxista, sob Fábio Ramires e que congrega em sua maioria os universitários. (Pollyana Araújo e Romilson Dourado)
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Comentários (6)
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Ivan Deluqui | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
JUNTANDO TODOS NÃO CABE DENTRO DE UM FUSQUINHA.( eu eu eu o comunismo já morreu lá no leste EUROPEU).
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Leandro | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Este é um exemplo de democracia, por isso que toda crise que se instaurou no PT , ele ainda continua crescendo e fazendo inveja para muita gente, principalmente para os mais ricos e para os politicos tradicionais.
Leandro Eletor do PT -
Gaspar de Oliveira | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Prezado Romilson Dorado,
Na condição de quase graduado pela UFMT, tenho o prazer de revelar a minha ingnorância do passado em relação a política, principalmente sobre as divisões interna do PT. Hoje, mesmo não sendo filiado, tenho a convicção de que isso significa democracia plena e que faz o Partido e seus quadros a crescer cada vez mais. Exemplo concreto: Verinha em Cuiabá e Donizete que nem o conheço, mas pelo o que acompanho da politica do PT de V. Grande ele está fazendo a diferença e tem tudo para crescer politicamente.
Gaspar -
Ademar Adams | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Quero fazer uma correção. A tendência petista aqui chamda de "Campo Majoritário", tinha o nome de "Articulação". Era chamada de "campo majoritário", porque em toda parte tinha a maioria dos caciques do partido, a começar por Lula.
A Articulação também sempre foi considerada a direita do PT. -
Ruth | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
KKKKKKKKK.............vou rir para não chorar!!!!
Gente, o que é isso?? Nem eles mesmos não entram em acordo, vai gostar de brigar assim lá no leste Europeu eu eu eu.... -
ELIFAS JOSE RIBEIRO | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Tá faltando uma facção: o "muro" onde entraria a nossa ex-aguerrida senadora Serys Marly
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