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Quarta-Feira, 04 de Junho de 2008, 18h:42 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:21
Eleição para presidente do Crea vira confusão
O clima está tenso na sede do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-MT) em Cuiabá, onde está localizado um dos pontos de votação para eleição do novo presidente da instituição. Uma confusão foi armada na tarde desta quarta (04) liderada pela arquiteta Ana, que prefere ser identificada apenas pelo primeiro nome.
Segundo Ana, ela é registrada no Crea da capital desde 2003 e sempre recebeu os boletos da anuidade em sua casa que fica na capital. Só que ao ir à sede do órgão para votar foi informada de que teria que se dirigir até Várzea Grande, isso porque o endereço cadastrado no sistema informava que a arquiteta morava na cidade vizinha. “Nunca morei neste endereço e os boletos da anuidade, da qual pago em dia, sempre foram enviados para minha casa, como agora na hora de votar não eles falam que meu endereço é outro. Cumpro com as minhas responsabilidade e agora não posso nem votar”, questiona.
Mas apesar da manobra do órgão para fazer Ana desistir de votar, a arquiteta não abriu mão de seu direito e foi até Várzea Grande indicar seu candidato. "Atrasei com uma cliente para ir até Várzea Grande votar porque acho importante e não aguento mais esta desorganização", informa.
A arquiteta também estava revoltada com a atitude do atual presidente, Tarcísio Bassan, que tenta a reeleição, presenciou seu problema e disse que não poderia fazer nada. "Fala sério, tem cinco anos que sou registrada no Crea de Cuiabá, nunca executei um serviço em Várzea Grande, nunca morei no endereço citado e eles me falam que é um problema de Brasília que alterou meu endereço. Isso é me fazer de palhaça. É uma total desorganização", desbafa.
Indignada com a desorganização da instituição, Anelise relata várias falhas do Crea. De acordo com a arquiteta toda vez que precisa fazer um projeto é necessário pagar pela Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e ao terminar tem que ir até o órgão dar baixa. Só que é muito comum, mesmo com a regularização dos documentos, o Crea informar que o associado está em débito. Ela diz que já foi cobrada duas vezes pela instituição por causa das ART´s, das quais ela possui a cópia da baixa.
Outra denúncia feita por Ana é que ao pagar a ART, o Crea solicita que o profissional informe para que instituição quer que o dinheiro seja repassado e apesar de todas as vezes ter indicado o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), soube que há cinco anos o órgão não recebe o repasse.
O caso de Ana não foi o único. Uma engenheira da cidade de Água Boa não pode votar porque estava lotada em Cuiabá. Além disso, alguns profissionais foram impedidos de entrar na sede do Crea para votar. Uma parcial do resultado deverá ser divulgado ainda hoje. Só que o resultado oficial será anunciado somente nesta quinta (05).
Briga
Os ânimos já estão acirrados desde terça, quando o Adjane da Silva Prado, coordenador da campanha da engenheira Suzan Lanners, candidata a presidência, foi agredido pelo atual diretor financeiro do Crea, Juarez Samaniego.
Segundo Adjane ele fotografou funcionários da intituição usando camisetas do candidato à reeleição Tarcísio Bassan, de acordo com o regulamento eleitoral não é permitido que funcionários expressem apoio a qualquer candidato.
Adjena fez o exame de corpo e delito e registrou um boletim de ocorrência contra Juarez. (Alline Marques)
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Comentários (5)
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Anônimo | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Se o processo fosse realmente democrático seria lícito dar glorias ao vencedor, mas desta forma irregular que todos que todos sentem em relação a esta eleição, tem sim que ser realziada uma avaliação profunda principalmente em cidades do interior onde existiu diversos problemas e ainda a falta de fiscais, peça democratica no pleito eleitoral. diante disto seria bom uma intervenção externa de órgão habilitado a isto destas eleições.
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Rafael | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Parabéns Ana. Você é uma pessoa de muita coragem. Que bom que você ergueu a bandeira dos arquitetos e reinvidicou atitudes e respeito a nossa classe. De pessoas assim que o Brasil precisa, pois o CREA é uma vergonha.
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João Duarte | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
A arquitetura está se destacando em Cuiabá. Já era hora.
Os profissionais encontram inúmeras barreiras quando se deparam com repartições viciadas como o CREA.É um orgão desacreditado.Pelo visto estão se concientizando ecomeçando a bater duro.Tiro o chapeu pela coragem.Sinal de crescimento de classe! -
Alexandre Torres | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Gostaria que o Ministério Público Auditasse essas eleições porque aqui em nossa cidade, várias pessoas que pagaram o CREA com mais de um mês de antecedência não conseguiram votar. O incrível é que nenhum estaria votando no Bassan!!! Quem vença o mais votado e o mais ético!!! O que estamos vendo por aqui é uma chuva de denúncias relacionadas a este cidadão que só vem em nossa cidade para fazer churrasquinho de 3 em 3 anos. Quem ganhou, ótimo!!! Aceitaremos porque a democracia é assim, só que, sem usar a máquina (CREA) para favorecimento próprio.
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Anônimo | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Lastimãvel o ocorrido hoje na votaçao do CREA. Um desrepeito à democracia, liberdade de voto, aos arquitetos e um show de uso do Orgao da Classe para a manutenção do poder. Ficou claro o fim de uma era onde resta somente ao lider desta, etica para saber encerrar um ciclo.
Boca de urna, camisetas, material de campanha de candidato guardado dentro do Orgao, proibiçao de voto a alguns aptos a votar foram apenas algumas das claras demonstraçoes de que a perpetuaçao no comando gera a sensaçao de impunidade e dominio daquilo que nao tem dono, o poder.
Vivendo em democracia, devemos aceitar o resultado, mas agora com o alivio de sabe que nao acabou, esta perto.
Um brinde a mundança, que sempre chega!
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