O governador Blairo Maggi (PR) disse nesta sexta (27), ao inaugurar a pavimentação asfáltica de 40 km da MT-010, em Rosário Oeste, que não teme a instalação da CPI da Unemat na Assembleia Legislativa. Proposto pelo deputado estadual Percival Muniz (PPS), ex-prefeito de Rondonópolis que de fiel aliado de Maggi passou a fazer críticas pontuais à gestão republicana, o requerimento prevê a investigação dos repasses de recursos do Estado à instituição de ensino.

   Muniz também quer saber se há procedência nas denúncias de supostos desmandos na Unemat, “comandada” pelo reitor Taisir Karim, e apurar quem são os responsáveis pelo “fiasco” do maior concurso público do Estado, cujas provas deveriam ser sido aplicadas no domingo (22), mas foram adiadas para o próximo ano devido à desorganização e suspeitas de fraudes.

   Em tom apreensivo, Maggi evitou polemizar o assunto, mas disse que os deputados têm liberdade para fazer as investigações. “Eles podem criar quantas CPIs quiserem. É até bom para elucidar logo o caso”. O chefe do executivo ponderou que o cancelamento das provas terá mais impacto negativo para a Unemat do que para o governo. “Não há nenhuma objeção à CPI. Minha única preocupação é de que a história desta universidade seja jogada fora”.  

   Questionado sobre a nova apreensão de um notebook na casa da diretora de concursos e vestibulares, professora Geisa Atala Curvo, Maggi disse que ainda não foi comunicado oficialmente. “O Paulo Prado (coordenador do Gaeco) ficou de me avisar se as investigações avançassem. É melhor aguardar para não fazer pré-julgamentos”, desconversou. (Patrícia Sanches e Andréa Haddad)