Secretários Eduardo Silva, de Fazenda, e Galdêncio Filho, de Planejamento, apostam no turismo e pecuária

  Com 71 anos de emancipação político-administrativa, Poxoréu (a 251 km de Cuiabá) chegou a registrar mais de 30 mil habitantes até a década de 1980, no advento do garimpo e, depois, começou a "encolher", ao menos em número de habitantes. Hoje o município, sob o peemedebista Ronan Figueiredo Rocha, conta com aproximadamente 18 mil moradores. Sua economia gira em torno da agricultura e pecuarista. Sem perspectivas de instalação de novas indústrias no município, o que poderia absorve boa fazia da mão-de-obra, dezenas de pessoas buscam emprego em cidades vizinhas que experimentam boom de crescimento, como Primavera do Leste, Campo Verde e Rondonópolis.

   Apesar das dificuldades administrativas numa Poxoréu que em décadas passadas viveu o apogeu e era destaque nacional na produção de ouro e diamante, os secretários de Fazenda, Eduardo Silva de Oliveira, e de Planejamento, Galdêncio Filho Rosa de Amorim, desenham um cenário marcado por boas perspectivas. Eles contam que a área de saneamento está sendo contemplada pela gestão Ronan. Todos os 19 bairros contam com água encanada e, com ajuda do PAC, a rede de esgoto vai avançar numa expansão de modo a atender 60% da população.

    Os maiores problemas estão na malha viária. A zona rural tem 11 assentamentos, com quase 2 mil famílias, e ainda 13 aldeias indígenas. Há quatro distritos (Jarudore, Paraíso do Leste, Aparecida do Leste e Alto Coité). Isso aumenta a demanda por abertura e conservação de estradas vicinais. Até 1938, quando foi desmembrado de Cuiabá, Poxoréu tinha mais de 25 mil km2. Hoje, sua densidade demográfica é de 6.907 km2.

   "Parte da economia definhou, mas estamos buscando novas alternativas", enfatiza o professor e secretário Galdêncio, ao lembrar que a plantação da cultura do maracujá, projeto incentivado exaustivamente junto aos ex-garimpeiros, acabou não dando certo, mas vê outros caminhos, como o turismo ecológico e de esportes radicais e a pecuária. Lembra que Poxoréu detém a sexta maior bacia leiteira entre os 141 municípios mato-grossenses.

     O município arrecada em torno de R$ 1,5 milhão mensais. Quase 40% são "torrados" com despesas da folha de pagamento junto aos 500 servidores, que consomem aproximadamente R$ 600 mil. Prefeito recebe R$ 7,6 mil, enquanto vice ganha R$ 2,6 mil. O subísdio de secretário é de R$ 2 mil. Com 9 vereadores, a Câmara é contemplada com duodécimo de R$ 89,2 mil. (Romilson Dourado)

Fachada da Prefeitura de Poxoréu, que arrecada R$ 1,5 mi num município que até os anos 80 era conhecido nacionalmente pela produção de ouro e diamante e hoje tem como base econômica a agricutura e pecuária
Fotos: Suely Dourado