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Segunda-Feira, 13 de Agosto de 2007, 11h:10 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:16
Ex-presidente é cassado e denuncia os colegas
Inconformado, Orlandinho distribui gravações se auto-condenando e entrega vereadores por Barra do Bugres sobre esquemas de propina e notas frias
Por 6 a 3, a Câmara Municipal de Barra do Bugres (a 160 km ao Médio-Norte de Cuiabá) cassou o mandato do ex-presidente Orlando Cardoso Chaves, o Orlandinho (sem partido). Ele enfrentou uma Comissão Processante que, durante 90 dias, levantou uma série de denúncias feitas pelo morador Francisco Neurivan contra o vereador. O relatório foi à votação na última sexta (10) e acabou aprovado pela maioria dos parlamentares numa sessão tumultuada.
Inconformado com a cassação do seu mandato, Orlandinho resolveu "botar a boca no trombone". Distribuiu gravações na qual ele se auto-condena, mas também compromete outros vereadores. Nas conversas gravadas, Orlandinho, então presidente da Câmara Municipal, cita nomes, admite esquemas de propina e de utilização de notas frias, usa palavrões e, juntos com outros vereadores, dão até risadas, como espécie de deboche.
Entre as acusações que pesam contra Orlandinho e levantadas pela Comissão Processante estão a compra de cerca de oito mil cartões para aparelho celular, aquisição de 17 mil litros de gasolina somente para um veículo da Câmara, a compra de quatro baterias em um mês também para o mesmo veículo, além de empenho de notas fiscais sobre as mesmas peças.
O Ministério Público agora deve fechar o cerco tanto em relação ao vereador cassado quanto sobre os demais denunciados nas gravações. Orlandinho presidiu o legislativo municipal até dezembro do ano passado. Hoje a Câmara está sob Moacir Júlio Dias (PP).
Este não é o primeiro escândalo envolvendo o parlamentar cassado. Na década de 80, Orlandinho chegou a montar uma operação para sequestrar o então deputado estadual Renê Barbour, um dos maiores pecuaristas do país e desbravador do Médio-Norte. De última hora desistiu do sequestro e ainda comunicou o fato ao próprio Barbour.
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Comentários (4)
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Francisco Neudivan | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
A administração em nossa cidade está um caos, devido a corrupção, superfaturamento e até nepotismo.O MP do nosso município não está conseguindo cumprir o seu papel. Peço que a "autoridade competente" encaminhei mais um promotor para a nossa comarca e com isso consigam apurar todas as irregularidades que há em nossa cidade. É preciso acabar c/ esses "sange-sugas" que há em nosso município. Espero ATITUDE dos órgãos competentes.
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Antonio Carlos Cuiabano | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Se a policia investigar, o MP denunciar e a justiça acatar vai dar mais 900 anos de prisão. Depois ainda dizem que não existe crime organizado.
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Patrícia dos Santos | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
É necessário que o Promotor de Justiça Dr. Antonio Moreira, que tem relevantes serviços prestados para Mato Grosso e para a Comarca de Barra do Bugres, faça o mesmo que fez em relação a outros processos envolvendo autoridades, bem como o que fez na Comarca de Juína quando ali oficiou, afastando os vereadores corruptos. Acredito no Ministério Público, mas queremos que as medidas sejam mais rápidas.
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Zélia de Almeida | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Esperamos agora, que o Vereador Orlando Cardoso Chaves, o Orlandinho, cumpra o que prometeu e entregue ao Promotor de Justiça Dr. Antonio Moreira da Silva, no dia 11 de outubro deste ano (quinta-feira), dia marcado para seu interrogatório na Promotoria de Justiça de Barra do Bugres, as PROVAS que disse ter, por crimes contra a o patrimônio pública, que teriam sido praticados pelos demais vereadores de Barra do Bugres
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