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Sábado, 17 de Março de 2007, 07h:32 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:15
Ex-secretária se diz frustrada com jogo político
A ex-secretária de Estado de Educação, Ana Carla Muniz (PPS), se mostra decepcionada com o que chama de jogo político, descarta disputa à Prefeitura de Rondonópolis no próximo ano e vai se dedicar aos negócios da família e aos estudos. Para ela, enquanto não houver financiamento público de campanha, os partidos não conseguirão preencher a cota de 30% das vagas reservadas às candidaturas femininas.
Ana Carla comenta que teve uma experiência decepcionante em 2002, quando concorreu à deputada estadual e teve 19.151 votos. Ficou na primeira suplência e, posteriormente, acabou assumindo a vaga na Assembléia por alguns meses. Ela observa que ficou grata pelos votos recebidos, mas traz consigo até hoje mágoas das 'rasteiras' que recebeu durante a campanha eleitoral. "Descobri que há muita rasteira na vida pública. Estou agradecida pelos votos que tive, mas esse meio político é um mundo muito machista. Achei que houvesse mais sinceridade".
Esposa do ex-prefeito de Rondonópolis e deputado estadual Percival Muniz, Ana Carla afirma que sempre teve atuação na área social e educacional e, até então, considerava que na militância política o jogo fosse mais sincero, igual e democrático. "Sempre fui de boa fé e achava que cada um fazendo sua parte, ou seja, trabalhando, apresentando propostas e pedindo voto numa campanha eleitoral, as coisas fluiriam bem. Ocorre que existe rasteira, inclusive diretamente de grupos políticos para com algumas candidaturas", reclamou a ex-secretária, que conduziu a pasta da Educação no governo Blairo Maggi de agosto de 2003 a dezembro do ano passado.
Na avaliação de Ana Carla, a política é um mundo muito masculino. Adianta que não pretende mais concorrer a cargo eletivo. Hoje, ela se dedica aos negócios empresariais da família, principalmente às propriedades rurais, e planeja fazer mestrado em gestão educacional.
Sobre o PPS, conduzido pelo marido Percival, Ana Carla afirma que 'há quadros bons', mesmo após a desfiliação em massa do grupo do governador Blairo Maggi, que migrou para o PR. Para ela, a tendência é o partido ou apoiar o PMDB ou lançar candidatura própria em Rondonópolis. "Não tenho pretensão de disputar a prefeitura, mas o PPS vai ter participação com candidaturas a prefeito e vereador".
Destaca que, o partido conseguiu, com Percival e com o hoje prefeito Adilton Sachetti, conduzir o município por um longo período. Observa, porém, que o perfil da atual gestão não se encaixou na forma que o PPS governa e, por isso, acabou havendo ruptura. "Vou construir minha participação no PPS, mas o partido vai encontrar outro nome para ser candidato a prefeito", diz Ana Carla, citando, entre as possibilidades, o vereador Aristóteles Cadidé, o policial rodoviário federal José de Medeiros e, um tanto sem empolgação, o nome do marido Percival Muniz. Ela preferiu não comentar a administração Sachetti 'por uma questão ética'.
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