A exemplo de Jangada, em vários municípios gestores e vice se distanciam motivados pelo pleito de 2008

   O vice-prefeito de Jangada, Valdecir Kener, o Gauchinho (PP), é mais um que rompe com o titular para disputar as eleições do próximo ano, agora como cabeça de chapa. Ele passou a fazer oposição ao prefeito Benedito Paulo de Campos (DEM), o Dito Paulo, ex-secretário de Estado de Cultura e irmão do senador Jaime Campos. Com apoio da cúpula regional, Gauchinho busca construir candidatura com a disposição de derrotar nas urnas alguém que tinha como principal aliado até há poucos meses.

   Jangada não é o primeiro município que registra ruptura de prefeito e vice motivada pelas eleições de 2008. Em Várzea Grande, o vice Nico Baracat se distanciou de Murilo Domingos (ex-PPS e hoje PR) logo no primeiro semestre da gestão. Agora, articula candidatura a prefeito. Em Cuiabá, o prefeito Wilson Santos (PSDB) e a vice Jacy Proença (ex-PSDB, ex-PMDB e hoje de olho no PR) também vivem em rota de colisão.

    Em Cáceres, Ricardo Henry (PP) e o seu vice Masato Nakahara (PTB) se desentenderam no ano passado. O petebista assumiu a pasta da Saúde, mas logo deixou o cargo e se distanciou do titular. Agora, Masato torce pela derrota de Henry à reeleição. Em Tangará da Serra, os conflitos entre o prefeito Júlio Cesar Ladeia (ex-PL e hoje PR) e a vice Araci Coelho foram tão intensos que ela renunciou ao mandato. Hoje, o município está com vacância na cadeira de vice.

    Já em Chapada dos Guimarães, o vice Flávio Daltro (PP), pré-candidato à sucessão, virou a maior ameaça à reeleição do prefeito Gilberto de Mello (PR). Em Peixoto de Azevedo, o então vice Hermenegildo Bianchi Filho, agora no comando do município, está rompido com Baiana Heller, afastada do cargo sob acusação de ter cometido atos de improbidade. Também em Vila Rica, o vice Everaldo Simões está em conflito com o prefeito Francisco Teodoro.