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Segunda-Feira, 19 de Novembro de 2007, 03h:08 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:19
Getúlio faz manobra para Câmara anular sessão
Prefeito pressiona vereadores para aprovar suas contas de 2005, que têm 42 irregularidades, segundo detectou o TCE
O prefeito de Primavera do Leste, Getúlio Viana (PR), que teve o balancete do exercício de 2005 rejeitado pelo Tribunal de Contas por conter 42 irregularidades, iniciou uma manobra de bastidores para levar a Câmara Municipal a anular a sessão que reprovou suas contas. Vereadores asseguram que estão recebendo pressão de interlocutores do prefeito, que estaria ameaçando exonerar pessoas que ocupam cargos comissionados no Executivo sob indicação dos parlamentares.
Um documento em defesa da nulidade da sessão foi elaborado e entregue a alguns vereadores, que também se vêem acuados por secretários no sentido de assiná-lo. A preocupação do prefeito é com seu projeto à reeleição. Ele teve as contas do ano passado aprovadas pelo TCE, mas a pendência de 2005 pode complicar sua situação jurídica, já que as irregularidades detectadas estão sob investigação do Ministério Público e podem comprometer seu sonho de reconquistar o mandato nas urnas de 2008.
Viana ganhou a eleição em 2004 e quase não a levou. Foi punido por crime eleitoral. A gestão de 2005 começou com Angelin dos Santos Baraldi, que ficou na cadeira de prefeito até 23 de fevereiro, o suficiente para cometer uma série de ingerências, segundo detectou levantamento do TCE.
Após embate jurídico, inclusive no Tribunal Superior Eleitoral, Getúlio Viana, ainda no velho PFL (hoje DEM) passou a comandar o município. Em princípio, a sua gestão de 2005 apresentou 66 impropriedades, além de 42 atribuídas a Angelin. Intimado pelo TCE, Viana conseguiu sanar 24, restando 42, o que levou o tribunal a rejeitar o balancete de 2005.
Irregularidades
Entre as irregularidades à época foram apontados registro incorreto do balanço financeiro com valor de R$ 289,3 mil referente a restos a pagar cancelados, movimentação de recursos nos bancos Primacredi e Siccob (não oficiais), apesar da existência no município do Banco do Brasil e da CEF, divergência contábil no registro de restos a pagar (R$ 312,8 mil efetuado no balanço patrimonial, não conferindo com o saldo apurado de R$ 314,2 mil), além do lotacionograma furado, já que registrou 1.022 servidores, enquanto o TCE constatou que havia 1.011.
Entre dezenas de outras falhas administrativas, também aparecem despesas de R$ 314,9 mil com publicidade sem licitação, mesmo procedimento em relação ao transporte escolar.
Clique aqui e confira o parecer do TCE sobre as contas de 2005 das gestões Angelin e Getúlio.
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Comentários (1)
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jeovaldo | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Tai um caso perdido, se tinha irregularidades, não devia ser aprovado, tinha que sanar primeiro, e a resposabilidade fiscal onde fica???? Esse TC é uma piada, só querem saber de ganhar bem, depois coloca "Umas malditas resalvas" e esta resolvido. Voces virão jogarão a bola para os vereadores. O TC tem que funcionar que nem um relogio doa a quem doer, fez errado paga, nem que seja do salario quem mandou trabalhar errado. Não ter uma equipe competente só da nisso. "Roubo em cima de Roubo". e mais fazer devolver os "surrupiado"...Fui...
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