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Sexta-Feira, 11 de Abril de 2008, 12h:30 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:20
Inimigos da Educação
Mais uma vez o camaleônico deputado Alexandre César vai a imprensa e "surpreende" a população cuiabana ao tentar tornar ilegítima a greve dos profissionais da educação.O mauricinho da política mato-grossense não inovou na declaração. Basta um simples reflexo de memória para percebermos que a sua cantilena fora lugar comum nos idos de 1964,
proferido principalmente por serviçais do poder como o delegado Sergio Paranhos Fleury, o médico legista Arry Shibata, o coronel da polícia militar Erasmo Dias e o general Newton Cruz, responsável pelo estado
de sítio vivido por Brasília na década de setenta.
Este deputadinho, esquizofrenicamente analisa os demais seres humanos a partir do seu próprio comportamento. Em 2003, ele participou da
lavagem simbólica na Assembléia Legislativa, defendendo a imediata apuração de todas as
falcatruas daquela Casa. Hoje, é um fiel escudeiro de Riva e Bosaipo. Pregou com veemência, a moralização do processo eleitoral em Matogrosso.Entretanto, como candidato a prefeito de Cuiabá envolveu-se
na sórdida prática de compra de votos, abuso do poder econômico e caixa dois. Trocou a ideologia que fingia acreditar, por uma vaga de deputado na Assembléia Legislativa. Hoje é um fiel cão de guarda do governo do latifúndio, do agronegócio e daqueles que destroem o meio ambiente deste estado.
Quem te viu e quem te vê, heim deputado? Isto tudo porque a sua carreira política está apenas começando. Temos certeza que o tempo se encarregará de engrossar o seu currículo. A ONG "Transparência Brasil" aponta que o custo para manter os
mandatos dos 24 deputados estaduais de Mato Grosso é o 4º maior do país. Cada deputado custa aos cofres públicos R$ 6, 3 milhões por ano. Mensalmente cada deputado custa em torno de 500 mil reais. Nessa
gastança, Mato Grosso fica atrás apenas de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina, respectivamente.
Ano passado, muito se divulgou, que o orçamento da Assembléia Legislativa de Mato Grosso havia sido congelado e não houve aumento nos repasses feitos pelo governo estadual. Mas a ONG aponta que não é
bem assim e que houve variação de 14%. O orçamento de 2007 foi de R$ 132 milhões e, deste ano, R$ 151 milhões. Com um salário desse o deputado Alexandre César é a pessoa mais indicada para defender a perpetuação da miséria entre os profissionais
da educação, como fez na semana passada em Jornais da capital: "o Estado não tem condições de dar o aumento exigido pela categoria. Na verdade, o governo vai pagar o que eles estão pedindo, só que o
aumento pleiteado deve ser feito num prazo de 10 meses", disse ele.
Se somarmos os dez meses pleiteados pelo deputado aos quatorzes meses de negociação da categoria junto ao governo, teremos um período de
dois anos e meio para termos o famigerado piso de R$ 1.050 implantados na folha da educação. Com um aliado tão descompromissado com a causa
da educação, como esse deputado, os trabalhadores não precisam mais de inimigos.
Antonio Cavalcante Filho é coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral no Estado (MCCE)
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