Os advogados recém-formados buscar auxílio com profissionais mais experientes por meio do Instituto dos Jovens Advogados de Mato Grosso, criado por um grupo de juristas com mais de 10 anos de profissão e independente da OAB-MT. Os membros da diretoria ainda nem foram empossados oficialmente, mas 98 recém-formados já estão cadastrados no Instituto. O presidente da entidade, Kleber Tocantins, disse que Mato Grosso possui cerca de 12 mil advogados, mas estima-se que apenas 8 mil estão atuando. Destes, cerca de 2 mil são profissionais com até cinco anos de advocacia, ou seja, são considerados recém-formados.

    A maior dificuldade da nova safra de advogados está nos próprios processos que que estão atuando. De acordo com Tocantins, na maioria das vezes, quando o jovem busca ajuda de advogados mais antigos, encontram barreiras. "Os profissionais com experiência geralmente oferecem auxílio em troca de parceria no processo, para dividir o pagamento, dificultando a independência dos mais novos", explicou.

    Exame

   Quanto ao exame da Ordem, que dificulta a entrada na advocacia dos recém-formados, Kleber Tocantins diz que o problema está nas faculdades. "O exame não é difícil, a faculdade é que é fácil. O profissional sai das universidades limitado, sem respaldo", afirmou.

   Apesar do Instituto ter os trabalhos voltados para os jovens advogados, o presidente já adianta que qualquer jurista pode ser membro, independente do tempo de profissão, pois será colaborador. A taxa é de R$ 35 por ano. Tocantins explica ainda que a entidade deverá agir como fiscalizadora.

    A posse da primeira diretoria deve acontecer até o final de abril. Além de Kleber Tocantins, são membros da comissão os advogados José Carlos Oliveira Júnior, como vice-presidente; José de Aguiar Bojikian, como secretário-geral; José Rodrigues Júnior, primeiro-secretário; Carlos Antônio Nogueira Jr., tesoureiro; Waldemar Gomes, na direção Cultural e, Alexe Tocantins, como orador. (Alline Marques)