Candidato do DEM afirma que as críticas de Maksuês foram para o prefeito Murilo e o ex-secretário Toninho e compara os 2 a Saddan

 O ex-governador e candidato à Prefeitura de Várzea Grande, Júlio Campos (DEM), afirmou nesta sexta (12), um dia após o seu aliado Maksuês Leite criticar o coronelismo no municipio, que o recado do deputado não foi para si, mas para os irmãos Domingos, numa referência ao empresário Toninho Domingos e ao irmão e prefeito Murilo Domingos - leia mais aqui sobre a bronca de Maksuês. Eles classificou os Domingos de "adeptos de Saddam Hussein". Murilo cresceu nas pesquisas de intenção de voto e hoje é a maior ameaça à candidatura de Júlio. Toninho foi secretário de Fazenda nos dois primeiros anos da gestão do irmão. "Não tem nada a ver conosco. Ele (Maksuês) falou sobre o coronelismo que impera em Várzea Grande, dos irmãos Murilo e Toninho Domingos. Eles são adeptos de Saddan Hussein", rebate o candidato do DEM.

   Ao compará-los ao ex-presidente do Iraque, o candidato ironiza e afirma que os irmãos Domingos já pensam até em soltar uma bomba em Várzea Grande para matar as pessoas que não gostam deles. "Eles vão ter que matar muita gente", completa. Júlio afirmou ainda que o município, o segundo maior do Estado, passa por um período de atrocidades sob o comando de Murilo. "Eles estão fazendo uma atrocidade. Está pior do que na época da ditadura militar. Tem policiais civis e militares à disposição do Murilo, apontando revólver para as pessoas", acusou.

  Efeito Maksuês

  Segundo o candidato democrata, Maksuês continua apoiando integralmente sua campanha, que conta com Mara Leite, esposa do deputado, como vice da chapa. "Faremos um comício na noite desta sexta no bairro São Mateus e o deputado Maksuês estará lá, nos dando força", argumenta. Júlio garante que a campanha está em ritmo acelerado e que tem visitado diversos bairros para pedir votos. "Quero estar junto ao meu povo", finaliza o democrata. (Flávia Borges)

(Às 17h45) - Em nota, Murilo vê desespero de Júlio

   O prefeito várzea-grandense Murilo Domingos, por meio de seu porta-voz Jeverson Missias, classificou de destempero as declarações do adversário Júlio Campos, que o chamou de Saddan Houssein, assim como o irmão Toninho Domingos. "Ele (Júlio) revelou o céu carregado que sua candidatura atravessa", diz nota, assinada por Missias.

Eis, abaixo, a reação de Missias em defesa do prefeito

  "O destempero do candidato Júlio Campos em chamar o prefeito Murilo domingos e seu irmão Toninho Domingos de adeptos de Sadan Hussein, releva o céu carregado que sua candidatura atravessa. Agora a tentativa de transferir as críticas de seu aliado, deputado Maksuês, feitas publicamente, em um canal de televisão, dizendo que o coronelismo não tem mais vez em Várzea Grande, que é coisa do passado, para Murilo Domingos e seu irmão Toninho, nem a mais crédula criatura levaria a sério. O candidato Júlio não deve ter assistido pessoalmente o programa, e não foi informado, da mesma maneira que não foi informado de que o expediente da prefeitura é no período vespertino, frustrando sua intenção de um corpo a corpo com o servidor municipal, que entre outros benefícios, tem o salário pago em dia há nais de três anos, que Maksuês se referiu publicamente ao seu "chefe".
   E mais: todos sabem que Maksuês apóia integral e apaixonadamente a candidatura de Júlio Campos e que o motivo da esculhambada dada por Maksuês é justamente pelo fato deste apoio estar sendo preterido. Mais uma vez, o coligação Pra Frente Várzea Gande irá interpelar judicialmente o candidato Júlio Campos por suas afirmações. Cadê a tal campanha propositiva prometida?"
   Jeverson Missias
   Secretário de Comunicação da Prefeitura de VG