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Quinta-Feira, 19 de Junho de 2008, 14h:40 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:21
Maggi critica forma de combate aos bois piratas
O governador Blairo Maggi (PR) criticou, em audiência pública em Brasília nesta quinta (19), a maneira como o Ministério do Meio Ambiente, hoje sob Carlos Minc, vem atuando no combate ao "boi pirata", ou seja, as cabeças de gado criadas em áreas desmatadas. Maggi avalia que há cerca de 10 milhões de bois piratas em Mato Grosso. Segundo ele, se o governo apreender essa quantidade de gado vai afetar o preço da carne nos supermercados.
Maggi informou à Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável sobre o desmatamento na Amazônia que, 64% do território de Mato Grosso é totalmente preservado, enquanto a produção de grãos se concentra em 7,8% do território, e a pecuária, em 25,8%. O Estado tem hoje 26 milhões de cabeças de gado em uma área de 28 milhões de hectares. Reconheceu, porém, que a produtividade na pecuária é baixa e que o seu Estado precisa melhorar nesse aspecto.
Durante a audiência, o "rei da soja" defendeu ainda a concessão de crédito a longo prazo e com juros baixos aos pecuaristas para que eles alternem as atividades de pecuária com a agricultura. "Essa medida vai aumentar a produtividade sem pressionar a abertura de novas áreas de floresta". Argumenta que a alternância de atividades vai aumentar a oferta de alimentos e ajudar a recuperar mais rapidamente os nutrientes da terra destinada à pecuária.
Já em relação às certidões ambientais, o governador reafirmou que é necessário um prazo maior para os produtores se enquadrarem na exigência de apresentação de nada consta em relação a passivos ambientais. O documento será exigido a partir de 1º de julho como requisito para a obtenção de crédito. "Tirar o crédito é asfixiar a economia dos estados e dos municípios. Essa medida não vai atingir só os grandes proprietários, mas também os pequenos", afirmou.
Ele propôs que se mantenha a proibição de crédito somente para novos empreendimentos e se permita o acesso para as atividades que estão em funcionamento. "O licenciamento ambiental é um processo lento e depende da regularização fundiária". (Pollyana Araújo com Assessoria)
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Comentários (1)
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joão Honesto | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Esses CAPITALISTAS são cínicos mesmos! Quando é para projetos sociais defendem o Estado mínimo, sem qualquer interferência do Estado na Economia. Agora para ajudar pecuaristas,tornam-se SOCIALISTAS querem a participação do Estado subsidiando com dinheiro público e a longo prazo e juros baixos.
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