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Quinta-Feira, 31 de Janeiro de 2008, 13h:24 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:19
Maggi diz que MT não tem como cumprir decreto
O governador Blairo Maggi declarou nesta quinta, no distrito da Guia (a 28 km do perímetro urbano de Cuiabá), onde inaugurou uma ponte de ferro e também a restauração da Igreja Nossa Senhora da Guia, que Mato Grosso não tem condições de cumprir o decreto do governo federal, que regulamenta punições contra aqueles que desmatam. Ele voltou a dar explicações sobre a crise no meio ambiente, após sobrevoar, nesta quarta, parte do Nortão, acompanhado dos ministros Marina Silva (Meio Ambiente), Tarso Genro (Justiça) e Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário).
O decreto estabelece, por exemplo, que quem tiver suas terras embargadas serão obrigados a passar por um processo de recadastramento. A idéia é submetê-los a um novo mapeamento da propriedade.
Segundo Maggi, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra/MT) não tem condições de trabalhar no recadastramento de todas as propriedades. “O Incra de Mato Grosso não tem as mínimas condições de fazer o recadastramento das propriedades. Se deixar como está para o Incra, daqui a 100 anos nós vamos ter o problema nos 19 municípios resolvidos e ainda teremos que deixar as outras coisas de lado”. O governador se refere aos municípios que constam da lista divulgada pelo Ministério de Meio Ambiente daqueles que mais desmatam no país. De 36, 19 são de Mato Grosso - leia mais aqui.
O governador afirmou que vai continuar discutindo com o governo federal critérios para que o decreto seja cumprido. “Ainda estamos discutindo como é que vai fazer com que o decreto tenha validade”. O decreto prevê também que serão embargadas as propriedades em que for identificado desmatamento. Nesse caso, o responsável ficará impedido de vender a propriedade, obter financiamentos e créditos, além de não poder transportar os produtos oriundos da área envolvida.
Vão ser punidos também aqueles que a ministra Marina Silva convencionou chamar de co-responsáveis - aqueles que compram e vendem produtos de proprietários que desmatam na região. Porém, as sanções para essas pessoas não foram definidas. E, por fim, onde foi registrado o desmatamento da área preservada não serão concedidas licenças para derrubadas em novas áreas. (Simone Alves)
Clique no play e ouça as explicações do governador
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Comentários (4)
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helio | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
agora a bom ba ta começando a explodir, o capitalismo se instalou em nossa riquezas florestais..quem colocou o sr, governador no cago , pode tbém tirar...s.o.s
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Walter | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Sr Governador,
tenho sido seu eleitor e defensor ferrenho, mas sinceramente se o senhor insistir em continuar com atual administração da SEMA, estará cometendo um grande erro e perdendo cada vez mais seus eleitores. Nunca na historia de MT se viu tamanho descaso na area ambiental e a tendencia é piorar.
Abra os olhos senhor governador, será que só o senhor não ve o que esta acontecendo neste estado?? -
Antonio Cavalcante Filho | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Ninguém deve ficar frustrado pelo fato do governador defender os interesses do agronegócio. Afinal de contas ele foi eleito para esta finalidade.
Errado estar quem pensou que um grande latifundiário, eleito governador, se importaria com as questões ambientais.
Nojento mesmo e decepcionante é o fato do governo Lula, eleito com o compromisso de fazer a reforma agrária, se curvar às exigências dos latifundiários, traindo vergonhosamente os trabalhadores sem terra.
O modelo de reforma agrária implantado pelo governo Lula, é escandalosamente conivente com os crimes ambientais do agronegócio. Só não vê quem não quer.
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Laura Carmem de Moraes | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
O GOVERNADOR FALA QUE NÃO DÁ PARA CUMPRIR O DECRETO FEDERAL, ASSIM COMO DIZEM QUE ELE NÃO CUMPRE A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL EM SUAS PROPRIEDADES RURAIS, ONDE É POSSÍVEL VERIFICAR EROSÕES GIGANTESCAS, DESMATE DE MARGENS DE RIOS, CORPOS DÁGUA CONTAMINADO POR AGROTÓXICOS, E PELA COMPENSAÇÃO FINANCEIRA DA AGRICULTURA ELE DIZ QUE A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL É MUITO EXIGENTE. O LUCRO É DELE, MAS O PREJUIZO AMBIENTAL É TODA A SOCIEDADE. CHEGA DE TANTA HIPOCRESIA.
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