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Terça-Feira, 29 de Janeiro de 2008, 16h:08 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:19
Maggi ignora CPI e diz que não eleva orçamento
Blairo Maggi disse nesta terça, em entrevista coletiva, que não vai aumentar "um tostão", além dos R$ 53 milhões já previstos no orçamento da secretaria de Meio Ambiente para este ano. Segundo o governador, deve haver uma reestruturação na pasta, mas utilizando o mesmo volume de recursos já existentes. Para o governador o acréscimo de R$ 15 milhões na Lei Orçamentária Anual-2008 terá de ser suficiente para essas mudanças.
Maggi adianta que não vai levar em consideração algumas sugestões da CPI da Sema, entre elas a de que seriam necessários mais recursos à pasta. "Se a CPI (da Sema) me convencer de onde tem que tirar mais, eu dou mais (recursos). O problema é que o cobertor do Estado é curto. Se cobrir a cabeça vai faltar no pé", explica. Em relatório final, a CPI apresentou 85 sugestões. De acordo com o governador, essa reestruturação da secretaria estará voltada praticamente para a adequação do fluxo de documentos.
Maggi se reuniu com os servidores da Sema e ouviu reclamações e críticas. Ele observa que o planejamento para mudanças ficará a cargo dos próprios servidores. "Em 30 dias eles vão nos apresentar uma proposta, daí vamos avaliar e vamos ver se aceitamos ou não". Também será elaborado um novo organograma da secretaria com vistas a ser dar mais agilidade nos trâmites processuais.
Como parte da reestruturação, a Sema coloca em discussão os 364 cargos DAS (sem concurso público). Destes, 150 são agentes florestais, que atuam em vários municípios. Outros 214 são lotados como DAS, nos chamados cargos de confiança.
Desmatamento
O governador alega que 80% dos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) estão incorretos. Argumenta que esse número está defasado."Lançaram os números e nós verificamos e constamos que estão errados. Eu não aceito e ponto". Maggi contesta e diz que o Estado não pode ser crucificado dessa forma. "Falei para a ministra do Meio Ambiente Marina Silva que na primeira oportunidade que tiveram de colocar Mato Grosso na cruz colocaram e deram os pregos para todo mundo colocar na nossa mão".
Por outro lado, Maggi diz que não tem medo de uma suposta penalização por parte do governo federal. "Se em determinado momento ele (governo federal) colocar uma trava e dizer assim: não vou dar licenciamento, nós vamos obedecer, agora que seja algo errado. Não venha penalizar alguém que não tenha culpa".
Maggi observa que conversou com alguns prefeitos dos municípios campeões em desmatamento e conclui que, de fato, não ocorreram aumento no percentual de desmatamento. "Quando o desmatamento cai é o governo federal que conseguiu reduzir. Quando ele aumenta é o boi é a soja. É como se ele (governo federal) não tivesse nada a ver com a história", avalia Maggi, para quem o problema não é exclusivamente do Estado. (Pollyana Araújo)
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Comentários (4)
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marilia gonçalves dias | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
O governador blairo maggi, a quem votei nas últimas eleições, está sendo muito teimoso, além de insensivel em relação aos técnicos da sema e em relação aos focos do desmatamento. Ele têm que assumir a ausência de gestão na sema, a incompetência das pessoas que ele colocou lá, que mal entendem do assunto. A fiscalização dos focos de desmatamento do deter não pode jogar a responsabilidade nas costas dos técnicos de carreira. É preciso ressaltar que muitos que fizeram as vistorias das imagens do deter é pessoal do interior, não são concursados e são contratados por politicos, além de receberem pressão dos prefeitos e empresários das suas regiões, portanto, essas vistorias são altamente suspeitas. O senhor luiz henrique é eximio em esconder fatos e está tentando escamotear a verdade jogando a responsabilidade para o INPE, o que é pura falta de imaginação, ou mesmo, colocar o governador em uma gelada. Enquanto isso, os técnicos efetivos da sema continuam não sendo valorizados, e pior, mal remunerados, perseguidos e discriminados pela atual gestão. Acorda governador, desse jeito o senhor está dando um atestado de que mato grosso não sabe fazer gestão ambiental, e consequentemente se queimando politicamente nas pretenções futuras.
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Milton Ribeiro | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
O comentário da Dra. Marli, já disse tudo....só quero completa-lo, sugerindo ao Governador, Que tal o Sr. cortar um pouco do orçamento da SECOM?, pois a única finalidade é mídia!. Ainda em Campanha do seu primeiro mandato, o Governador afirmava que fazer e fazer bem feito e ser honesto com a coisa pública é obrigação de qualquer gestor e isso não é favor! Então...?
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Aguinaldo mendanni | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Isso ai Blairo, essa é a parte que eu admiro nesse governador que quando quer bate duro e firme, seria bom se fosse assim com o TJMT que gasta tudo que recebe fora do estado e quer gastar mais ainda do estado. Tudo isso pra dar vida boa a quem não trabalha. Só pelo Título?
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PELADO | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
TODOS NÓS SABEMOS QUE O PROBLEMA DA SEMA NÃO É DE ORÇAMENTO, MAS SIM DE GESTÃO E DE IMCOMPETÊNCIA DE MUITOS FUNCIONÁRIOS, A SEMA VIROU CABIDE DE EMPREGO E O GOVERNADOR SE VIU OBRIGADO A INCHAR O ÓRGÃO COM PESSOAS DESPREPARADAS SÓ PARA ATENDER OS ALIADOS POLÍTICOS.
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