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Quinta-Feira, 06 de Dezembro de 2007, 22h:35 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:19
Maggi negocia dívidas com senadores no pacote
Ministério da Fazenda aceita projeto de MT, após governador prometer votos de Jonas e Jaime para prorrogar a CPMF
O aval da Secretaria do Tesouro Nacional ao projeto do governo Blairo Maggi de renegociação das dívidas de mais de R$ 4 bilhões junto a instituições financeiras teve moeda de troca. Os votos dos senadores mato-grossenses Jaime Campos e Jonas Pinheiro (ambos do DEM) entraram na negociação junto ao Palácio do Planalto. Trata-se de uma estratégia do presidente Lula para conquistar pelo menos 4 votos em favor da prorrogação da CPMF. O Banco do Estado de Rondônia (Beron) também entrou no pacote.
Maggi, que está fazendo intenso corpo-a-corpo com a bancadas de seu Estado e a do PR no Senado, conseguiu levar nesta quinta o senador Jonas ao Ministério da Fazenda para uma reunião de mais de duas horas com o ministro Guido Mantega. Em jogo está o apoio da Fazenda para a reestruturação da dívida de R$ 4,5 bilhões que Mato Grosso tem com a União. O Estado quer pagar à vista a dívida com o governo federal, com um empréstimo mais barato a ser contraído com bancos privados. Com o sinal verde dado por Mantega, o governador disse que espera também o voto de Jaime, outro senador do DEM.
"Eu tenho insistido com o Jonas e o Jaime. Eles estão propensos a acompanhar o interesse do nosso Estado", disse Maggi. "Eles têm que defender é o Estado e não a política do seu Bornhausen e não sei de quem mais", criticou, referindo-se ao ex-senador e ex-presidente do DEM Jorge Bornhausen (SC), que prega o voto contra a CPMF. Segundo o governador, faltava só a decisão política do governo para a reestruturação da dívida de MT ser aceita pelo Tesouro Nacional.
Com apoio de Maggi, o governo também espera os votos dos senadores Expedito Junior (RO) e César Borges (BA), ambos do PR. Para tentar ganhar o apoio de Expedito, o governador negocia com Mantega a reabertura de negociações referentes a uma dívida que o Estado assumiu depois da intervenção no Banco de Rondônia. "A intervenção do banco foi feita de forma que o Estado não concordou. É preciso reabrir essa discussão em relação ao banco. A dívida do banco ficou grande e o Estado de Rondônia ficou responsável por pagar essa conta", explicou o governador.
Maggi reconheceu que no caso de César Borges os problemas a serem resolvidos são políticos, mas acredita que não são impossíveis de serem contornados. "Estamos muito próximos de termos todos os votos do PR. O partido faz parte da base e tem uma obrigação com o governo. Mas tem convencimento de cada um para questões estatuais que vêm se arrastando", disse o governador.
A deixa do papel decisivo de Maggi para as negociações da CPMF foi dada pelo ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro. Logo no início da manhã, Múcio chegou ao Ministério da Fazenda informando que teria uma reunião com Mantega e com o governador. Ele admitiu que "nenhum dos dois lados, governo e oposição, tem absoluta certeza dos votos".
Jonas disfarçado
Mantega e Múcio já tinham passado a noite em reuniões de negociação sobre a CPMF. O ministro não estava no prédio e a reunião não ocorreu. À tarde, Maggi entrou de forma discreta no ministério e Jonas Pinheiro chegou em seguida. Abordado pela reportagem do Estado, Pinheiro inicialmente se recusou a informar seu nome. Depois, alegou que iria acompanhar Maggi numa reunião.
Com a reestruturação da dívida do Estado, Maggi espera ter mais dinheiro para investir em infra-estrutura. "Quero ir ao mercado e pagar à vista a dívida. Nós vamos criar um novo modelo refinanciamento." (Com Agência Estado)
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