Últimas
Domingo, 17 de Maio de 2009, 11h:16 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:23
Motoristas de ônibus cobram reajuste e já falam em greve
Motivados pelo reajuste da tarifa do transporte coletivo de Cuiabá, anunciado no último dia 4 pelo Conselho Municipal de Trânsito, saiba mais aqui -, motoristas e cobradores de ônibus já pressionam as empresas que exploram o serviço por reajuste salarial. Em assembleia realizada neste sábado (16), eles votaram a favor da deflagração de greve, por tempo indeterminado, ainda este mês. A data de paralisação das atividades ainda não foi definida. Segundo informações do Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores em Empresas de Transportes Terrestres de Cuiabá e Região (STETT/CR), a categoria está revoltada com a ausência de recomposição salarial, enquanto os patrões lucraram com sucessivas majoração no preço da tarifa.
Atualmente, os cobradores recebem R$ 750 ao mês para trabalhar sete horas e vinte minutos por dia. Os motoristas, por sua vez, cumprem a mesma jornada e ganham R$ 1,2 mil mensais. "É muito pouco para um chefe de família. Se houve inflação e os preços dos insumos aumentaram, significa que também estamos pagando mais caro com comida, roupa e remédios", reclamou neste domingo (17) uma cobradora, que não quis ser identificada.
Enquanto trabalhadores ameaçam parar os ônibus, proprietários das empresas de transporte oferecem, em contrapartida, reajuste de apenas 2%, com redução simultânea da carga horária para quatro horas e cinquenta minutos ao dia. Na avaliação de cobradores e motoristas, contudo, a medida reduzirá ainda mais a remuneração mensal da categoria, pois a diminuição de horas trabalhadas terá impacto nos salários. "Se a proposta patronal for aprovada, haverá necessidade de mais contratações, porém os funcionários vão ganhar menos em função da redução da carga horária. Para as empresas não muda nada, mas haverá perdas para os próprios funcionários", apontou um motorista. Ele destacou ainda que não haverá possibilidade dos trabalhadores recorrerem à hora-extra. "Como o salário é baixo, há cobradores e motoristas que fazem questão de fazer hora-extra para poder ganhar um pouco mais no final do mês", relatou.
Conforme a decisão do Conselho Municipal de Trânsito, a tarifa, atualmente fixada em R$ 2,05, subirá para R$ 2,43. Este é o limite a que pode chegar o reajuste. Para a decisão do conselho ser efetivada, basta o prefeito Wilson Santos (PSDB) assinar um decreto tornando-a pública. Empresários da Associação Mato-Grossense dos Transportadores Urbanos (MTU) alegam que há pelo menos dois anos a passagem de ônibus em Cuiabá não tem aumento, em detrimento dos custos operacionais, como manutenção dos veículos, pagamento de salários, despesas com combustíveis, peças etc. Entidades e ONGs, no entanto, entraram na Justiça na tentativa de barrar o reajuste da passagem - veja mais aqui.
Caso os motoristas e cobradores paralisem as atividades, cerca de 250 mil usuários que utilizam diariamente o transporte coletivo em Cuiabá serão prejudicados. Atualmente a frota de coletivos é composta por 356 ônibus. (Andréa Haddad)
Postar um novo comentário
Comentários (3)
-
RUTH HELENA DIAS | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
ESSE FILME É ANTIGO.É SEMPRE ASSIM OS EMPRESSARIOS SEMPRE MANIPULANDO OS TRABALHADORES DO TRANSPORTE PÚBLICO. SEJAM MAIS CRIATIVO ESSE FILME É REPETIDO...FUI !!!
-
Jean M. Van Den Haute | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Caro Olmir,
Na ASSUT-MT, nos estamos esperando resposta á nosso mail do dia 14. Desde já agradecemos pela sua atenção. Jean
Resposta á usuária desinformada :
Cara Vera Delgado, os usuários não ficam sem fazer nada. Além do apoio técnico prestado para o Dr. Alexander Guedes, a ASSUT-MT contatou o Presidente do Sindicato do pessoal de transporte e está esperando resposta e colaboração para impor o respeito á Lei, ou seja, para aplicar a solução certa e boa para todos, usuários, pessoal, empresas e até pol[itico honesto. Veja nossa mensagem do dia 14 de Maio para o Sindicato : Caro Olmir, - O preço da passagem ficou muito acima do preço social justo e, com mais um aumento, as empresas vão perder mais passageiros, encontrar mais dificuldades. Portanto, o pessoal do transporte não pode apoiar um aumento que vai à contramão do desenvolvimento do transporte público, do seu interesse que é trabalhar com remuneração adequada e futuro garantido. O que se deve fazer é exigir a aplicação da Lei e responsabilizar o Poder Público, culpado pela falta de planejamento e pelo desperdício de 35% comprovado pela consultoria de 2005. >>> R$ 2.42 - 35% = RS 1,60. Além disso, existem, muitos recursos complementares e subsídios bem acima dos 60 centavos necessárias para chegar ao preço social justo de R$ UM, gerador de empregos para o setor. A ASSUT-MT está disposta em falar do assunto e em buscar uma estratégia comum com a STETT para que a lei seja cumprida e que seja encontrado o caminho certo para segurar os direitos de todos.
Jean M. Van Den Haute
Representante da ASSUT-MT, no SNDU, Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano, encarregado da aplicação da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano visando acabar com os 40 anos de atraso político, jurídico e técnico que sofrem as grandes cidades brasileiras.
-
MARCUS | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
isso parece novela da rede globo vale a pena ver de novo todo vez que tem aumentar passagem as empresas usam os dirigentes sindicais para maniular. isso é uma vergonha? o MP de MT é só para ingles ver porque nem noticias das ações existem, gostaria de ler uma materia sobre a atuação desse MP / MT
Confira também:
- Julho de 2017
-
Últimas
REVIRAVOLTA - Juiz reconduz Fábio ao comando do PSB; Valtenir é destituído - confira
-
Últimas
Ex-presidente Lula é condenado a 9 anos de prisão no caso do triplex - siga Nacional
-
Últimas
Ex-secretários Nadaf e Marcel lavavam dinheiro com compra de ouro - veja detalhes
- Maio de 2017
-
Últimas
Temer faz pronunciamento e diz que não vai renunciar - siga Nacional
- Março de 2017
-
Últimas
AO VIVO - Governador Taques na Caravana em Quatro Marcos - siga