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Sábado, 24 de Maio de 2008, 08h:32 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:20
Nepotismo – a ferida aberta
Sandra Silva
A sociedade em geral se posiciona contra o nepotismo, prática que se entende pelo uso da máquina pública em proveito próprio ou para favorecer a parentes e amigos que direta ou indiretamente possam usufruir vantagens à custa dos cofres públicos e que os agentes políticos representantes do povo se permitem a conceder enquanto no exercício do poder.
O nepotismo é a quebra do princípio da impessoalidade haja vista que na maioria das vezes sobrepõe o interesse particular ao interesse público especialmente no que tange a contratações de servidores para os chamados cargos de confiança e/ou em comissão, os quais somente deveriam ser ocupados para atribuições de direção, chefia e assessoramento. Não é o que ocorre aqui, ali e lá, isto é, o descumprimento constitucional se dá em todas as esferas.
No Brasil, desde priscas eras, os governantes têm a habitualidade de agirem em causa própria nomeando parentes e amigos para o serviço público. Ninguém é contra que os parentes de agentes políticos ingressem no serviço público, todavia, para chegar a isso poderiam buscar o concurso onde todos competem em pé de igualdade e pelo esforço pessoal.
Um outro viés do nepotismo é o do agente político que abusa do poder concedido pelo povo e passa a decidir em causa própria, soterrando a lei, a ética e a moralidade pública quer seja pela ação exagerada de assessores a sua volta, quer por decisões que favoreçam os grupos de apoio pessoal.
A sociedade como um todo deve estar atenta a essa ferida ainda aberta na democracia brasileira e que atinge os poderes executivo e legislativo em especial abrindo espaço para a criação de verdadeiros feudos políticos nem sempre interessados na questão pública mas em uma permanência “ad infinita” no poder. A exigência de uma postura firme e contrária ao nepotismo pela sociedade é uma ação cívica que deveria ser praticada até que a mazela fosse eliminada.
E-mail: sandra.silva@brturbo.com.br
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Comentários (1)
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Sociólogo Mauro César | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Tenho que concordar com a nobre colega. Em Mato Grosso essa praga chamada nepotismo é uma prática secular, acentuada cada vez mais com a ascenção de novas forças politicas que assumiram o poder politico, com o discurso do novo, do ousado, do tranparente, mas, que na verdade trazem consigo esse ranço das oligarquias, do coronelismo praticado neste Estado. A Carta Magna deste País não é respeitada, pois o ingresso na carreira pública só se dá através de concurso publico, e as funções públicas, mesmos as de confinça, devem ser preenchidas preferencialmente por servidores públicos de carreira, que se preparam para assumir esses postos, mas ficam a deriva, desmotivados, desmoralizados, pois são preteridos. A imprensa que muitas vezes se curva a essa escandaloza discrepancia juridica, se cala, e em muitos casos é cumplice do poder, pois deveria dar nome aos bois quando um agente público nomeado e indicado por algum politico da Base comete atos de improbidade adminstrativa, e são classificados como servidores públicos, quando na verdade deveriam ser citados como servidores públicos comissionados e inidicados por este ou aquele politico. Creio que a midia estaria prestando um serviço público relevante a população, se passasse a agir dessa forma. O Ministério Público Estadual que é fiscal da lei, cala-se ou está amordaçado, e nossa esperança de cumprimento da ordem legal fica a merce da vontade de um desmoralizado Congresso Nacional, sabidamente nepotista e de um Judiciário envolvido em pecuinhas e brigas pelo poder, enquanto isso o dinheiro público continua indo pelo ralo.
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