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Terça-Feira, 31 de Julho de 2007, 07h:40 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:16
Ninguém vai me emparedar, avisa o presidente
O presidente Lula está preocupado com os protestos contra o governo, mas disse nesta segunda, um dia antes de chegar a Cuiabá, que não se intimidará com vaias. Diante de ministros da coordenação política, no Palácio do Planalto, Lula afirmou que irá ao Rio Grande do Sul e ao Paraná no dia 14, quando retornará do périplo pelo México e por quatro países da América Central. Na tentativa de evitar mais dissabores a ele, com novos apupos, a assessoria de Lula havia cancelado viagens que ele faria ao Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, logo após a tragédia com o avião da TAM Linhas Aéreas, no dia 17.
"Ninguém vai me emparedar", afirmou Lula, na reunião desta segunda. "Eu não vou deixar de andar o país por causa de vaia." Pesquisas encomendadas pela administração federal após o acidente no Aeroporto Internacional de Congonhas, na zona sul de São Paulo, indicam que a popularidade do presidente caiu, sobretudo em São Paulo, e em camadas das classes média e alta. O levantamento acendeu a luz amarela no Poder Executivo, após dez meses de crise aérea.
Até agora, o Executivo não organizou nenhuma estratégia para enfrentar os protestos, mas está inquieto e pretende observar todas as manifestações com cautela. Há, na avaliação do Palácio do Planalto, duas situações distintas em meio aos gritos de "Fora Lula": a primeira, de indignação das famílias de vítimas do acidente da TAM; a segunda, organizada pela oposição.
Um auxiliar direto do presidente disse que o Planalto identifica o bordão "Cansei" como uma "coisa armada" pelos adversários, especialmente do PSDB e do DEM. O movimento foi lançado por empresários e conta com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O verbo é sempre associado a substantivos que causam dor de cabeça à Presidência da República como corrupção e apagão aéreo.
O presidente recebeu vaias na semana passada em viagens ao Nordeste e, no dia 13, na abertura dos 15º Jogos Pan-Americanos, no Rio. No diagnóstico da Presidência, porém, os apupos foram "superdimensionados" pela imprensa.
Apesar de afirmar que irá ao Paraná e Rio Grande do Sul em agosto, Lula assina nesta terça convênios do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Cuiabá e Campo Grande. Ele não viajará para Santa Catarina. A alegação oficial é de que "não dará tempo" para o presidente lançar o PAC em todos os Estados. Na sexta (3), ele pretende reunir no Planalto representantes de 12 Estados que ainda não visitou e dar por encerrada essa maratona de viagens para assinatura dos protocolos do PAC.
Além da crise aérea, outro assunto que tira o sono de Lula é a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e da Desvinculação de Receitas Orçamentárias (DRU), que vencem neste ano. Ainda nesta semana, o presidente participará da reunião do conselho político e pedirá à base aliada que ajude o governo a aprovar a renovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e da Desvinculação de Receitas da União (DRU). A oposição ameaça derrubar os dois dispositivos. (Com Agência Estado)
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Comentários (1)
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Antonio Carlos | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
É isso ai presidente. essas viuvas de Fernando Herinque, do PSDB e PFL (DEMos)não conformam em perder o poder... esta na hora da policia federal investigar as falcatruas da gestão FHC e DANTE... Deixem que organizem as vaias... o povo hulmilde deste pais sabe quem é quem.
PARABENS PRESIDENTE LULA.
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