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Terça-Feira, 25 de Março de 2008, 08h:09 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:20
No poder, Ságuas e Verinha ignoram educadores
O deputado licenciado Ságuas Moraes e a ex-deputada Vera Araújo, secretário e adjunta, respectivamente, da pasta de Educação do Estado, saíram da condição de adversários para aliados do governo Blairo Maggi. De quebra, ainda trombam com uma categoria que tanto eles defenderam, a dos profissionais da educação. Os educadores estão em greve. Reforçaram o movimento paredista desde a última segunda (17).
Na assembléia-geral, alguns líderes ligados ao grupo de Ságuas tentaram demover, em vão, os colegas de manterem a paralisação. A categoria quer reajuste do piso médio nacional para R$ 1.050. Hoje, em Mato Grosso está em R$ 818 por 30 horas/aulas para efetivo e interino.
Ságuas foi um dos que levaram o PT para os braços do rei da soja. Outros petistas também tomaram gosto pelo poder, como os deputados Ademir Brunetto e Alexandre Cesar, que até o início deste ano foi até vice-líder do governo Maggi na Assembléia. O curioso é que em 2002 Alexandre enfrentou Maggi nas urnas. Derrotada à reeleição, a então deputada Verinha, que tanto detonava o governador, se rendeu. Virou secretária-adjunta. Ganha R$ 7,5 mil mensais.
Legislativo
Na legislatura passada, a administração estadual tinha Vera Araújo como espécie de uma pedra no sapato do governo. Professora, ela liderava audiências públicas, manifestações e fazia discurso em defesa da categoria. Agora, se cala. Antes, Gilney Viana e a hoje senadora Serys Marly também foram deputados opositores. Alexandre e Brunetto formam agora a dupla petista que Maggi queria, enquanto Ságuas, à frente da Educação, tenta amenizar o bombardeio dos profissionais da educação contra o governo Maggi.
Os deputados petistas são ponderados, primam pelo diálogo em detrimento do conflito e seguem à risca a orientação do presidente regional, deputado Carlos Abicalil, outro blairista de carteirinha. E, assim, caminha o contraditório PT e alguns de seus líderes. (Romilson Dourado)
(Às 09h20) - Sintep deve rejeitar proposta da Seduc
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Gilmar Soares Ferreira, está reunido com líderes sindicalistas para avaliar a contraproposta do governo de aumentar o piso salarial mínimo de R$ 723 para R$ 912 para professores do ensino médio. Já profissionais do ensino superior, passariam a ganhar R$ 1.368 ao invés dos atuais R$ 1.084. O reajuste está previsto para maio deste ano.
Segundo Ságuas Moraes, esse é o reajuste que condiz com a realidade dos recursos da Seduc. “Vamos trabalhar apertados, mas é o que podemos fazer”, diz o petista, logo após a reunião do governador Blairo Maggi com todo o secretariado.
Até o momento, a orientação do Sintep aos servidores é no sentido de rejeitar a proposta. Eles vão manter a reivindicação na assembléia-geral a ser realizada a partir das 14h, na Praça Ulisses Guimarães, em frente ao Shopping Pantanal. (Simone Alves)
(Às 14h54) - Categoria prefere manter greve
Em reunião nesta terça pela manhã, o Conselho do Sintep, composto por membros da diretoria e das subsedes nos municípios, decidiram pela continuidade da greve dos educadores. A assembléia-geral que deveria iniciar às 14h nesta terça para deliberar ou não por um entendimento ainda não começou. A tendência é que professores das 750 escolas do ensino público estadual rejeitem a proposta do governo. A Seduc propôs um aumento de quase 26% já para maio. A categoria acha pouco.
(Às 16h30) - Educadores do Estado mantêm greve
Na assembléia-geral, prevaleceu uma proposta da presidente da subsede do Sintep de Cuiabá, Helena Bortolo, que sugeriu um piso médio mínino de R$ 1.050 para os educadores, sob pena da greve continuar por tempo indeterminado. A maioria votou favorável à sugestão, rejeitando uma contraposta do governo Maggi. Dessa forma, a greve continua.
(Às 16h50) - Mais de 2 mil fazem passeata em Cuiabá
Após a assembléia-geral, que reafirmou a greve, cerca de 2 mil profissionais da educação deixaram o Monumento Ulisses Guimarães, e saíram em passeata pela avenida do CPA, rumo ao Palácio Paiaguás, onde o governador Blairo Maggi despacha. Eles gritam palavras de ordens e cobram maior respeito do governo para com a categoria. A principal reivindicação é por reajuste salarial.
(Às 17h) - Enelinda cobra posição de Ságuas e Verinha
A vereadora por Cuiabá, Enelinda Scala, em discurso durante concentração dos professores na praça das Bandeiras, mandou um duro recado, sem citar nomes, a seus dois colegas do PT que estão à frente da secretaria estadual de Educação, o deputado licenciado Ságuas Moraes e a ex-deputada Vera Araújo, que é adjunta de Gestão de Pessoas. "O pessoa do PT que está na secretaria de Educação deve atender as reivindicações dos servidores da Educação", cutucou Enelinda. O curioso é que a vereadora, quando da votação entre os membros da Executiva Regional sobre o PT integrar ou não o governo Maggi, se posicionou favorável à aliança.
(Às 17h05) - Grevistas seguem agora para a Seduc
Após manifestações, com discursos inflamados na praça das Bandeiras e em frente ao Palácio Paiaguás, os grevistas seguem rumo à sede da secretaria estadual de Educação. "Se o governo aumentasse mais 3% dos recursos voltados à educação seria possível aumentar também os salários", enfatiza Gilmar Soares Ferreira, presidente do Sintep-MT. Na Seduc, os professores devem encontrar dois velhos aliados, mas que hoje se encontram nas asas do governo Maggi: Ságuas e Verinha. Resta saber se ambos permanecem na secretaria ou se saíram de fininho antes da chegava dos manifestantes.
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Comentários (12)
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Ramire | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
A verinha nunca me enganou, já o Ságuas me decepcionou!!!
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claudio | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Com todas as propriedades!
Essa SEDUC praticamente teve que começar do zero, não tinha nada construido nessa area nessa gestão e em outrem.
Se a educação está assim é por que estão procurando um caminho melhor pra todos. Eles só estão começando um caminho que ja era pra estar construido a muito tempo.
Só que estão demorando demais pra começar a construir a verdadeira cara da Educação em MT, o Saguas, O verinha dá um tapa na mesa e fala o que voces querem fazer se não deixar voces melhorar a educação pessa pra saí. Não fica servindo de fanfarrão não pra ninguem. -
Ademir Arantes Nogueira | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
2000 pessoas? Colocaram um zero a mais na contagem. Eu estava lá e se havia 200 pessoas, era muito. Professores têm todo direito de reclamar aumento, é digno, mas será que não há um certo exagero nessa greve? Vi o próprio Alexandre Cesar falar hoje na tribuna da AL que o piso de MT é o dobro do piso de SP, o estado mais rico do país.
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RosenwalRodrigues dos Santos Presidente | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Se você quer conhecer alguém, dê o Poder a ela e verás quem realmente ela é.
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Arinil Pereira da Silva | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
A luta por melhorias salariais através da greve é um ato democrático, previsto inclusive em lei.
Mais digno ainda, quando se consegue obter o apoio e o respeito popular, a compreensão e a fraternidade de pais e alunos, que somam esforços e enobrecem a causa.
Pude constatar esse fato no dia 25/03/2008 (terça-feira), às 19:00h., durante uma reunião na quadra poliesportiva da Escola Pascoal Ramos com a presença de pelo menos 400 (quatrocentas) pessoas entre professores, funcionários, pais e alunos da escola.
A reunião ocorreu devido a decisão de paralisação ate o dia 01/04, uma maneira de dar conhecimento de causa àquela comunidade e possibilitar a participação dos pais e dos alunos, tranquilizando-os quanto ao fato que haverá reposição das aulas suspensas por motivo de greve.
Todos tiveram a oportunidade de se manifestar e ao final votar.
Gratificante a constatação do apoio popular.
Gostaria de parabenizar e divulgar esse ato democrático por parte da direção da escola - que verdadeiramente se preocupa com a educação e o bem estar da comunidade.
Arinil P. Silva
Professora de História -
Antonio Carlos | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Mamãe sempre me disse: "Filho, diga-me os livros que vc lê, que direis qual a sua cultura" Já papai dizia: "Não despreze o sapato velho, quando o novo à de vir, que o novo vem e volta, e o velho vai servir"
A vida é assim, se vc tem verdadeiramente uma ideologia política partidaria, formada por conceitos filosóficos que se estuda nos bancos das universidades, vc não muda, é a mesma coisa que a pessoa, quando pequena, escolher torcer para determinado time de futebol, ela levará esse conceito para o resto de sua vida.
Então a cultura que vc ganhou com a leitura dos bons livros te levarão para os caminhos da "LUZ" e o sapato velho que vc não desprezou te levarão para os caminhos do discernimento.
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Amancio Leite | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Quando vc é estilingue, funda, atiradeira ou bodóque, a coisa é vista apenas por um ângulo, entretanto quando vc é a vidraça a visão é outra. Quanto estavam na oposição, principalmente a Verinha, ela socava o pau nessa SEDUC, agora esta sentido na péle o que é estar do outro lado.
Antes peloteavam, hoje estão sendo peloteados. Toma corno, viram só o que é bom prá tósse? -
RODRIGO | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
O PT corre um sério risco de deaparecer em 2010.Depois de anos de lutas com varios companheiros botando a cara pra apanhar é mesmo lamentavel.Tem que deixar de ser governista,voltar as suas origens e abraçar um projeto de esquerda,é a unica saida,ou vai ser extinto,sem discurso,sem ideologia,sem rumo a reboque dos botinudos.Isso é o beabá da politica,ou a turma historica do Pt não exergou isso ainda???
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Jacyara | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Não sou do PT e portanto fico muito confortavel em comentar a pessoa comedida e polida que é o Dr.Saguas. Se observarmos as pessoas alem da armadura do cargo estabeleceremos realmente o seu cerne, ou seja o seu interior.
Dr.Ságuas é culto, educado, da atenção aos velhos e sempre tem uma palavra amavel com todas as pessoas que encontra.
Portanto espero que muitos compartilhe este meu depoimento. -
Paulo Divino | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Só acho que você usou o verbo errado. Não é "se rendeu", é SE VENDEU. Ou melhor, vendeu toda a categoria dos profissionais da educação, vendeu a história e a própria consciência, se é que teve algum dia...
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