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Quarta-Feira, 14 de Fevereiro de 2007, 22h:44 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:15
Novo assessor do governador é indiciado pela PF
O ex-deputado Ricarte de Freitas (PTB), que a partir desta quarta passa a integrar oficialmente o quadro de assessores do governador Blairo Maggi, foi indiciado pela Polícia Federal. É acusado de envolvimento com a máfia dos sanguessugas. O petebista responderá por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Agora já são 33 os indiciados por envolvimento no esquema de compra de ambulâncias superfaturadas com recursos de emendas de parlamentares, mediante propina, de um total de 84 inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF).
A convite de Maggi, Ricarte já está atuando em Brasília como chefe do escritório de representação do governo de Mato Grosso. Sua nomeação no Diário Oficial deve sair nesta quinta ou sexta-feira.
De acordo com a investigação da PF, Ricarte seria um dos sanguessugas mais ativos, tendo embolsado cerca de R$ 280 mil do esquema. Relacionado pela CPI dos sanguessugas na lista de suspeitos de envolvimento com a máfia, o ex-parlamentar negou todas as denúncias. Ele tentou a reeleição no ano passado, mas não conseguiu. Em depoimento no inquérito e perante a CPI, o empresário Luiz Antônio Vedoin, chefe da máfia, informou que o ex-parlamentar tinha com sua empresa, a Planam, uma espécie de conta corrente para desconto de cheques de factoring. Era assim, segundo Vedoin, que ele recebia sua comissão de 10% por emenda aprovada para compra de ambulâncias do grupo Planam. Como recompensa por suas emendas, Ricarte teria recebido também um automóvel Fiat Ducato, no valor de R$ 45 mil, devolvido depois porque ‘pulava muito‘, conforme Vedoin. Mais adiante, o ex-deputado teria recebido um Hilux SW, da Toyota.
Ricarte nega qualquer envolvimento com a máfia dos sanguessugas. Garante que, ao final, ficará provado sua inocência.
Punição das urnas
Nenhum dos 33 indiciados se reelegeu nas últimas eleições, mas entre os 51 inquéritos restantes há oito parlamentares que renovaram seus mandatos. Esses continuarão sendo processados no STF e os que não têm mais mandato serão julgados na justiça de primeiro grau devido à perda de foro privilegiado.
As investigações da PF não estão poupando nem os parlamentares inocentados pela CPI, como é o caso da ex-deputada mato-grossense Teté Bezerra (PMDB). A PF também encontrou elementos para indiciar os ex-deputados João Correia (PMDB-AC) e Celcita Pinheiro (PFLT), que hoje, como secretária, cuida das ações sociais da administração do prefeito cuiabano Wilson Santos. Tanto Celcita quanto Correia foram absolvidos em julgamento do Conselho de Ética da Câmara.
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