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Quarta-Feira, 03 de Dezembro de 2008, 15h:40 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:22
O pedaço do bolo pode ser maior
Os números da internet impressionam. Somos quase 1,5 bilhão de pessoas conectadas em todo mundo. No Brasil, país responsável por 50% dos acessos da América Latina, aproximadamente 50 milhões de pessoas estão conectadas, número 900% maior que há oito anos. Agora, eu estou conectada, você está conectado. Mas, será que a mídia também está? Sim e não. Ao mesmo tempo que a verba publicitária destinada à internet cresceu 45% no primeiro semestre desse ano, ainda estamos falando de uma fatia ínfima da verba investida em publicidade, que beira a casa de pouco mais de 3,3% , segundo dados do Projeto Inter-Meios, de São Paulo (SP).
As empresas precisam investir no mercado digital, mas, mais que isso, as agências offline também precisam conhecer mais sobre esse mercado e trabalhar a interação das mídias, na sua convergência. A internet é muito mais do que um cartão de visitas ou um site institucional. Ela é um fio condutor que permite mais proximidade entre o consumidor e a marca, onde este é livre para criticar e questionar. Quando se estabelece maior interatividade e proximidade com esse consumidor, cria-se um ingrediente fundamental para as marcas: o relacionamento.
Felizmente, parece que esse cenário começa a ser mudado em Mato Grosso. Fora o amadurecimento natural do mercado, impulsionado pela propalada Web 2.0 (a internet colaborativa em sua tradução mais literal), somente na última semana, dois nomes de peso da comunicação digital nacional estiveram em Cuiabá durante eventos que buscaram aproximar os profissionais da comunicação do Estado da realidade dos grandes centros.
Luli Radfahrer, Ph.D em Comunicação Digital pela USP, e um dos maiores nomes da interatividade do país, falou sobre Design Elástico durante o VI Seminário de Design e Inovação, realizado pelo Sebrae-MT. Durante mais de uma hora, Radfahrer fez um paralelo sobre a presença do design no nosso dia-a-dia e como isso influencia diretamente a nossa relação com as inovações, propostas por nós mesmos, diante dessas experiências.
Um dia depois foi a vez de Pedro Porto, expert em mídias interativas da agência Santa Clara Nitro, de São Paulo, falar para mais de 90 pessoas sobre interatividade. Mais do que apresentar cases, Pedro falou de assuntos como marketing de guerrilha e social media, aproximando o público de uma série de ferramentas e estratégias passíveis de ser exploradas no mercado.
A impressão, passado o turbilhão de informações, é de grande entusiasmo. O maior desafio agora é explorar mais esse universo on-line, que nos últimos anos tornou-se o oxigênio da comunicação e dos negócios. Hoje, já não há mais como ignorar a importância da internet, não só como mídia, mas como um universo presente e intimamente ligado à vida de cada um de nós.
É importante que a evolução do mercado publicitário acompanhe os avanços tecnológicos e a utilização de novas mídias, mas, principalmente, a forma com que os consumidores se relacionam com tudo isso. O poder da era digital precisa, por fim, estar inserido, e não só como detalhe no fim da página, mas no dia-a-dia das marcas dos nossos clientes. Certamente não é apenas com 3,3% que conseguiremos isso.
Helena Mesquita é head web (www.webcomtexto.com.br)
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