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Quarta-Feira, 04 de Abril de 2007, 11h:44 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:15
Oficial tenta notificar presidente da Câmara
Um oficial de Justiça tenta, sem êxito, notificar o presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Lutero Ponce (sem partido), sobre o processo 740, que tramita na 5ª Vara da Fazenda Pública de Cuiabá desde o ano passado. A ação popular impetrada pelo Movimento Cívico de Combate à Corrupção Eleitoral investiga denúncias de improbidade administrativa na gestão da ex-presidente e hoje deputada estadual Chica Nunes (PSDB), da qual Lutero foi primeiro-secretário.
Sob argumento de que as ações administrativas ficavam centralizadas na presidente Chica, Lutero Ponce anunciou uma auditoria nas contas do legislativo cuiabano e pediu acompanhamento dos trabalhos do Tribunal de Contas e do Ministério Público. Destaca nada temer.
O advogado do MCCE, Vilson Nery, indicado pela OAB para acompanhar o processo, revela que a Câmara está sob investigação por gastos desnecessários com produtos e serviços. "Há despesas incompatíveis com as atividades da instituição". Segundo ele, "houve carta convite para a compra de camisetas, outdoors e até
de crachás, cada uma na faixa de R$ 80 mil, tudo comprado junto a empresas de fundo de quintal”.
Vilson Nery diz que "esse modus operandi facilitou o desvio de finalidade e o uso de empresas de
fachada para abastecer a Câmara com todo tipo de produtos e serviços". O coordenador do MCCE, Antônio Cavalcante, o Ceará, assegura que o legislativo cuiabano adquiriu até produtos odontológicos e não se sabe onde foi parar esse material.
A ex-presidente Chica Nunes, que nega qualquer irregularidade, já foi notificada pela Justiça para apresentar sua defesa. O oficial tenta localizar agora o atual presidente Lutero Ponce.
Manobras
Preocupado com a situação do processo, que envolve ex-dirigentes da Câmara e atuais vereadores, o advogado pediu a citação dos réus por edital. “Precisamos acabar com a impunidade. Em Cuiabá já é tradição vereador fazer o que quer na direção da Câmara, depois deixa um rombo e ainda se
elege deputado”, ataca Gilmar Brunetto, o Gauchinho, outro integrante do MCCE. Segundo ele, o “buraco” nas contas da Câmara pode superar a R$ 5 milhões, já que, garante Gauchinho, o esquema viria desde 2001. Observa que o Ministério Público tenta auditar as contas e acaba impedido por ordens judiciais.
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