O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, oficializou nesta quinta os pedidos de licença da instituição, tanto do delegado federal Diógenes Curado quanto do agente Alexandre Bustamanti dos Santos. Agora com a publicação no Diário Oficial da União do afastamento, ambos estão aptos a tomar posse na secretaria estadual de Justiça e Segurança Pública. Com 20 anos lotado na PF, Diógenes vai ser empossado como secretário na segunda (10), às 17h. Bustamanti vai atuar como espécie de araponga.

   A estratégia de Maggi é, sob Diógenes, dar uma "sacudida" numa das secretarias mais complexas e problemáticas da administração pública. O delegado federal vai substituir o ex-deputado estadual Carlos Brito. Conduzirá um orçamento de R$ 687,6 milhões e muitos "pepinos". Ele será o segundo delegado federal a assumir a Segurança Pública em Mato Grosso. O primeiro foi José Antonio Martinez, em 1991, no início do governo Jaime Campos. Não ficou um ano no cargo. Sua metodologia de trabalho entrou em choque com as práticas das polícias Civil e Militar. Enfrentou desgaste e pediu para saír.

   Na PF, Diógenes Curado marcou posição e algumas de suas investigações ganharam repercussão nacional, como os casos do dossiê-antitucanos e da máfia das sanguessugas. Ja na Sejusp, Curado vai conviver com constantes crises, inclusive política. De vitrine, se transformará em vidraça. Vai enfrentar, por exemplo, críticas de alguns parlamentares.

   A idéia do futuro secretário é resgatar o Grupo Especial de Fronteira (Gefron), trabalhar forte na repreensão ao tráfico de drogas e fortalecer também o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que faz parte da estrutura do Ministério Público Estadual.