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Segunda-Feira, 11 de Maio de 2009, 10h:32 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:23
PRF procura acusados de desmatamento em MT e MS
Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) cumprem nesta segunda (11), 35 mandados de prisão e de busca e apreensão no Norte de Mato Grosso. A ação foi deflagrada na operação Cupim, que tem o objetivo de desbaratinar uma quadrilha que atua no desmatamento ilegal da Floresta Amazônica. Os participantes do esquema são acusados de falsificação de documentos, sonegação fiscal, corrupção de servidores públicos e lavagem de dinheiro.
Segundo a polícia, a quadrilha contava, inclusive com a participação de fiscais e de agentes tributários estaduais. Eles fariam vistas grossas ao transporte e a comercialização de madeiras nobres ameaçadas de extinção. Existem indícios de que o corte das árvores ocorriam também em área de proteção e, em reservas indígenas. Além de Mato Grosso, os agentes cumprem mandados em Mato Grosso do Sul. A operação Cupim surgiu a partir de investigação do Gaeco de MS e do trabalho de fiscalização da PRF em caminhões nas BR-262 e 163. (Sandra Costa)
(12h15) – Esquema envolvia empresários de Sinop e Marcelândia e movimentou R$ 10 mi
Segundo a PRF, a fraude ocorria desde abril de 2008 e já teria movimentado R$ 10 milhões com o desmatamento ilegal. Os responsáveis pela extração irregular de madeiras nobres, como a castanheira e a peroba, eram empresários de Sinop e Marcelândia, municípios localizados ao norte de Mato Grosso. Marcelândia está na lista dos 36 municípios prioritários do Ministério do Meio Ambiente para conter a derrubada de Floresta Amazônica. Ainda segundo a polícia, para não levantar suspeitas, as madeiras eram transportadas misturadas a outras de pouco valor e de livre comércio. No total, foram cumpridos 14 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão contra empresários do Estado e servidores públicos de Mato Grosso do Sul. A ação, coordenada pela Divisão de Combate ao Crime da Polícia Rodoviária Federal, mobilizou 120 agentes da PRF, de 10 Estados e Distrito Federal, além de 14 policiais militares do Estado vizinho.
A quadrilha sonegaria tributos, utilizando uma mesma nota fiscal para até cinco carregamentos simultâneos. A madeira passava por Mato Grosso do Sul e era escoada até São Paulo e Paraná. Se um dos carregamentos era fiscalizado, os outros eram alertados e interrompiam a viagem até que a nota fiscal fosse substituída. Haveria, inclusive, disputa entre os fiscais de tributos para saber qual facilitaria o maior número de cargas.
As ações da organização foram descobertas por meio de fiscalização de trânsito, uma vez que era rotina os caminhões contendo a carga irregular transitarem com excesso de peso. Pelo menos 650 caminhões e carretas teriam utilizado o esquema fraudulento, somando mais de 32 mil metros cúbicos de madeira. Para transportar todo esse volume, seria necessário 1,6 mil caminhões.
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