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Segunda-Feira, 07 de Maio de 2007, 08h:19 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:15
PT e Blairo, quem diria!
A militância política reserva fatos curiosos, inusitados e contraditórios. Na briga pelo poder, inimigos se juntam, enquanto aliados se separam, prevalecendo a velha máxima, segundo a qual políticos são iguais a nuvem, mudam de lugar constantemente. O PT é um exemplo dessa contradição. Agora, Serys, Verinha, Abicalil, Ságuas, Ademir Brunettoi e companhia são Blairo, a quem tanto combateram nas urnas. Eles apresentam uma série de justificativas. Falam bonito, "viajam" nas ideologias e ainda se identificam como de esquerda. Tudo balela. Querem mesmo é cargos públicos.
Os petistas aproveitam da fragilidade da maioria do eleitorado, que mantém a tradição de personificar políticos e candidatos e que não está nem ai para os partidos. Quem sabe, vez ou outra, a resposta silenciosa possa emergir das urnas.
Nem sempre os acordos forçados de cúpula são respaldados nas eleições. Em 98, o pefelista Júlio Campos, então líder absoluto nas pesquisas, resolveu selar coligação com o PMDB de Carlos Bezerra. A aliança PFL-PMDB provocou revés geral. A repercussão negativa não poderia ser diferente. Acontece que, até então, os dois caciques viviam como gato e cachorro. Conclusão: morreram abraçados nas urnas.
Em 2002, Bezerra se desgrudou do PFL e levou o PMDB a fechar aliança com o PSDB do então governador Dante de Oliveira e do senador Antero de Barros. Os eleitores, de novo, reprovaram a coligação. O acórdão sem aval das bases foi uma das razões que levaram Antero à derrota para Blairo Maggi também no primeiro turno. Depois de Júlio, foi a vez de Dante "morrer" abraço com Bezerra. Ambos perderam a disputa para o Senado.
Tanto em 2002 quanto na eleição do ano passado, o PT enfrentou Maggi nas urnas. Agora, virou aliado, com direito a conduzir a maior secretaria da estrutura da administração estadual, a Educação. A sede pelo poder é tanta que, rapidinho, a cúpula regional se reuniu e aprovou o nome de Ságuas Moraes, que toma posse hoje como secretário de Educação.
É aguardar para ver. De duas uma: ou o PT se apruma como aliado verdadeiro ou vai usar o governo Maggi para, na base da conspiração, levantar dados sigilosos e se preparar para embates nas eleições de 2010.
Romilson Dourado é jornalista, editor de Política de A Gazeta.
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