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Segunda-Feira, 19 de Novembro de 2007, 07h:22 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:19
Retrospectiva 2007: incertezas e perspectivas
Brasil, 1990, quanta saudade do Presidente Collor.
Quando olho para trás, analisando este ano, além é claro os anteriores, percebo o abismo à beira do qual estamos vivendo: mentiras oficiais e uma Nação rastejante.
Vejo guerras nas ruas, lutas de classe, movimentos ditos sociais, anarquizando o País, invadindo propriedades, desrespeitando os direitos e garantias constitucionais que pertencem a todos os cidadãos brasileiros, políticos fazendo conchavos e se dando bem, a CPMF agora é “imposto dos ricos”, das “zelites”, a Amazônia e o Pantanal já não serão mais nossos, mas das “tão bem intencionadas Ong’s e dos políticos vendilhões....Tudo isso e muito, mas muito mais coisas estão acontecendo neste País.
Estamos vivendo um regime de exceção. Estamos presenciando uma transição perigosa e fatídica neste País. Estamos pagando a corrupção, a arrogância, o entreguismo, a mediocridade que ainda tem a pretensão de se perpetuar no Poder.
É desesperadora a situação do Brasil.
Não se pode conceber um País com riquezas naturais exuberantes e ricas, um banco genético farto e desconhecido, recursos hídricos imensuráveis e outras coisas, como um barco à deriva.
Não temos líderes, temos ditadores. Não temos representantes, temos interesseiros de plantão, que venderiam até a alma para ficarem no poder. Além de idiotas, são medíocres e baratos, pois na bolsa de valores, provavelmente, só dariam prejuízos, mais do que dão à Nação Brasileira.
2007 foi um ano negro e não creio que 2008 será um ano promissor. O Brasil agora é um País de poucos. Esquecendo dos mensalões e mensalinhos, ainda teremos muito, mas muito mesmo o que apurar. Muita gente deveria estar atrás das grades, mas está nas cadeiras confortáveis do Congresso e dos Palácios.
Enquanto homens como um ex-Governador de Mato Grosso, hoje Deputado Federal, colocam “ouro” em suas torneiras, e se precisar digo o nome, nós, os pagadores de impostos, os “povo das zelites”, amargamos prejuízos e perdas, não só econômicas, mas morais e definitivamente, arrasadoras.
Vejo o maior plantador de soja individual do mundo, falar em desmatamento zero, enquanto instituições como o INPE, demonstram todos os dias, o avanço da destruição na Amazônia. Unir-se a Ong’s é abrir a portas para os inimigos do Brasil e de Mato Grosso.
Vejo, até com orgulho, que Evo Morales, apesar das críticas, defende com galhardia, coragem e destemor, os interesses de sua gente, enquanto que, por aqui, a subserviência aos Estados Unidos e a todos que daqui querem tirar uma casquinha, prevalece, contra os interesses dos brasileiros e do Brasil. . É fácil dominar um povo sem líderes e sem identidade.
Não é o estudo que faz um líder. Já tivemos Presidente cultos, como FHC, que empreenderam o início do fim do Brasil. Um líder tem que ter caráter e determinação. Não pode ser vaidoso ou cretino. Não pode usar sua condição pessoal para justificar erros de tamanha imbecilidade que envergonham nosso povo, mesmo o mais humilde.
Patriotismo, civismo, decência, moral, caráter, tenacidade, são palavras riscadas do dicionário político. Em 2007, isso foi sacramentado e levado ao altar das perdições. Proliferaram as podridões dos homens públicos e a miséria do povo.
Talvez eu faça parte das “zelites” e não me envergonho disso, porque nós ajudamos a construir este País. Não pretendo entregar o que construímos ao longo de séculos, para invasores do Incra, para petistas antiquados e retrógrados (além de muitos desonestos) e outros políticos, que só pensam em si mesmos, a começar pelos nossos governantes, inclusive aqui em Mato Grosso, que provarão, em um breve futuro, o amargo fruto de suas semeaduras.
Retrospectiva negra e futuro sombrio. É o que nos aguarda srs. pagadores de impostos, srs. pantaneiros atingidos por políticos imbecis de nosso Estado, srs. da Amazônia que lutam para mantê-la, srs. militares e cientistas e pesquisadores sérios, que tentam salvar este País, srs.jornalistas bem intencionados, srs. brasileiros decentes.
Quanto aos nossos mandatários, uma advertência: vocês são mortais e eu espero que isso não dure muito.
Oriana Paes de Barros é procuradora federal aposentada e pecuarista
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