O ex-prefeito e ex-governador Rogério Salles afirma que está preparado para disputar a sucessão de Adilton Sachetti (PR) em Rondonópolis. Admite, porém, uma composição, no sentido de aderir ao nome do peemedebista Zé Carlos do Pátio, nome mais forte das oposições na briga contra o prefeito republicano Sachetti, aliado e compadre do governador Blairo Maggi.

    “Meu nome está à disposição do partido e Rondonópolis tem espaço para um terceiro candidato”, diz Salles, que comandou o Estado por oito meses (abril a dezembro de 2002), quando Dante renunciou ao mandato para disputar o Senado. Os dois primeiros nomes seriam o prefeito Sachetti e, o segundo, Zé do Pátio. Embora afirme que o PSDB quer candidatura própria, Salles não descarta a possibilidade de apoiar o peemedebista, que lidera as pesquisas de intenções de voto.

   “O partido tem conversado principalmente com o PMDB, mas especificamente com Pátio e se for vontade do PSDB abrirei mão da minha candidatura para apoiar o peemedebista”. Salles lembra, porém, que é melhor optar por uma candidatura própria. “Não podemos ficar fadados ao enfraquecimento”.

     O tucanato se mostra favorável à aliança com o PMDB. O bloco teria ainda o PPS do ex-prefeito e hoje deputado Percival Muniz. Já o novo presidente regional da agremiação tucana Wilson Santos defende que o partido lance candidatura própria e vê em Salles o nome para encabeçar a chapa. “É melhor perder com o partido do que ganhar sozinho ou sem ele”. Wilson já deixou claro que não dispensará alianças, mas o projeto do partido estará calcado em candidaturas próprias. (Simone Alves)