O professor da UFMT, Juacy da Silva, que deve deixar a Ouvidoria-Geral e o posto de ombudsman na Prefeitura de Cuiabá nos próximos dias, recebeu a dificil tarefa do prefeito Wilson Santos (PSDB) de convencer a antecessora Maria do Rosário Urquiza a voltar ao cargo. Ela foi exonerada por Santos um ano após tomar posse, mesmo com a opção de ter o contrato renovado. Agora, com a dificuldade para encontrar alguém que se adeque ao perfil exigido para a vaga, Santos manda Juacy articular o retorno de Rosário que, por sua vez, tem dito que só volta se o prefeito pedir pessoalmente.

   O cargo tem status de secretaria municipal, inclusive com salário de R$ 9,2 mil, mas desde que foi criado, em 2006, três pessoas já passaram pelo posto. O primeiro foi o jornalista Eduardo Ricci, que ficou à frente da Ouvidoria-Geral por quase 2 anos. Logo em seguida, em julho de 2008, Maria do Rosário foi a escolhida por Santos para assumir o cargo. Um ano depois Santos preferiu demitir Rosário para que Juacy assumisse o posto.

   Além de fazer um trabalho de "espião", o ombudsman também ocupa o cargo de ouvidor. Cuiabá é a primeira cidade a implantar a figura do ombudsman no país em âmbito municipal e, segundo o prefeito, essa inovação o ajudou a reparar algumas falhas. Entre os três que já ocuparam o cargo, porém, nenhum conseguiu exercer plenamente suas atribuições. O ombudsman é pago para avaliar de forma crítica a própria administração. Para ser indicado ao posto é necessário que o candidato cumpra as exigências da Lei Complementar 137, de janeiro de 2006. É necessário que se tenha curso superior, não possua nenhum tipo de vínculo com o prefeito, nunca ter trabalhado de forma direta nem indireta na administração e não possuir  filiação partidária. (Flávia Borges)