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Segunda-Feira, 09 de Abril de 2007, 01h:05 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:15
Santos quer R$ 240 mi para recuar da concessão
Motivado pelo PAC, prefeito já protocolou projetos de saneamento junto à CEF
Wilson Santos admitiu neste domingo à noite, em entrevista ao Ponto de Vista, da TV Rondon (afiliada da Rede TV!), que deve recuar do projeto de concessão da Sanecap. Ele ainda não descarta entregar os serviços de água e esgoto à iniciativa privada, mas observa que desistirá de vez da idéia se conseguir um financiamento a fundo perdido de R$ 240 milhões junto à Caixa Econômica Federal.
Sem alarde, Santos protocolou no último dia 23 vários projetos na área de saneamento junto à CEF. Tomou a iniciativa motivado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Vamos continuar com os estudos da Fundação Getúlio Vargas sobre a possibilidade de realizar a concessão, mas sem perder de vistas os recursos pleiteados. Sei que um vai anular o outro", destacou o prefeito, ao revelar as duas possibilidades.
Wilson Santos diz torcer para que o PAC não seja mais um "espetáculo do crescimento" do governo Lula e, com essa espectativa, aposta que Cuiabá receber recursos para poder investir pesado em saneamento. "A Sanecap está pronta para receber a concessão ou os recursos", diz Santos, ao observar que enxugou a máquina, equilibrou receitas e despesas e deixou o Municipio na condição de adimplente.
O prefeito observa que blindou a Companhia de Saneamento e colocou na direção "pessoas sérias". Iniciou com Eliana Rondon e, depois, destacou para a presidência da autarquia o advogado José Antônio Rosa, que acumula o cargo de procurador-geral do Município.
Afirma que, de 1.250 servidores, o quadro caiu para 730 e o faturamento cresceu de R$ 3 milhões para mais de R$ 4 milhões.. "A Sanecap está sob controle, mas precisamos de R$ 420 milhões para dar conta do saneamento. Do que fatura hoje sobra pouco, só dar para investir em hidrômetros e em reparos de rede".
A busca por financiamento por parte do prefeito cuiabano foi uma saída estratégica. Desde quando lançou o projeto de concessão da Sanecap por 30 anos, o tucano passou a enfrentar resistência e protesto da oposição. O assunto vem provocando desgaste a seu governo.
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Comentários (4)
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Hélcio Assad | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Em sua edição de hoje, o jornal Correio do Estado, de Campo Grande-MS, apresenta em seu editorial, sob título
Para quem reclamar?, a matéria abaixo reproduzida.
No momento que a nossa cidade discute a concessão do serviço de água e esgoto, oportuno conhecer os resultados nas cidades que já realizaram o processo de transferência do público para o privado.
Para quem reclamar?
Muitos meses depois de um novo consórcio ter assumido o controle da Águas Guariroba, temos um serviço cada vez pior. As reclamações avolumam-se diante das falhas existentes. E os novos \"donos\" do negócio simplesmente ignoram estas reclamações ou, sem estrutura mínima, adiam as soluções para o tempo em que acham melhor. Para eles, é claro.
Repentinamente, a água limpa torna-se turva em alguns bairros. As reclamações chegam e as providências tardam. E tardam. E tardam mais ainda. E para quem devemos reclamar, quando a Águas Guariroba nada soluciona, muito menos resolve? Na agência reguladora, da prefeitura, nem pensar.
Para citar um exemplo mais recente e marcante, empresa contratada pela prefeitura para a poda de árvores acabou também \"podando\" a rede de abastecimento aqui dos altos da Avenida Calógeras. Os empreiteiros despreparados, que contratam funcionários ainda mais despreparados, romperam a canalização.
Apresentada imediatamente a reclamação, nenhuma providência foi tomada no sentido de reparar os danos. Centenas de milhares de litros de água simplesmente ficaram a escorrer pela sarjeta. Os funcionários da empreiteira desapareceram. Sumiram. Escafederam-se. Como resultado, todas as casas e propriedades comerciais amanheceram, em sua maioria, com as caixas vazias. Ou quase. Aí pelas dez da manhã, de líquido disponível só o suor daqueles que carregavam baldes e mais baldes de água trazidos de outros pontos. A começar dos restaurantes.
Quem mora aqui por estas bandas, como último recurso, acabou cozinhando com água mineral. Ou foi comer na casa de parentes ou em restaurantes que se situam em outras áreas. Mais e mais reclamações e a Águas Guariroba fez ouvidos moucos. Reinando absoluta e folgazã.
São centenas as reclamações contra o serviço da empresa que se esmera, contudo, na cobrança de suas taxas. E buscando, mais do que nunca, aumentar em 70% as suas contas nas regiões por onde passar a rede de esgotos. Pagou 180 milhões de reais para os antigos donos, conseguiu financiamento de 150 milhões de reais junto à Caixa Econômica e tudo ficou às mil maravilhas. Para a Águas Guariroba. Para a população, além das contas salgadas da água doce, necas de pitibiriba.
Mas a tragédia não pára por aí. Os moradores da região do abandonado Mercado do Produtor não suportam mais o mau cheiro que exala da Estação de Tratamento de Esgotos e do Córrego Anhanduizinho. Lá na região da antiga Sapolândia. Com o aumento da descarga gerada pela captação dos esgotos, a velha ETE não consegue processar toda a porcaria que recebe. Assim, simplesmente assim, o excesso é descarregado, sempre à noite, no córrego. E haja mau cheiro! A população não suporta mais. E promete protestar fechando as ruas.
Se não temos mais para quem reclamar, nem mesmo para o bispo, talvez só nos reste rezar para Deus. Mesmo assim, é bem provável que nem Ele possa dar solução. Que lástima! -
Flávio Azevedo | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Sinceramente, estamos todos torcendo para que os recursos do PAC venham na monta que foi pleiteado. No entanto, eu, particularmente, duvido muito disso.
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eli | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Sinceramente eu não acredito no que vejo um homem que lutou para não concessão, tema da sua campanha onde dizia que água é vida e vida não se vende,
Agora querer vender vergonhoso isso não, e ainda pior dizer que só abri mão se o governo passar 240 mil do fundo isso é muito vergonhoso para um prefeito. PAR -
eli | Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h0000
Sinceramente eu não acredito no que vejo um homem que lutou para não concessão, tema da sua campanha onde dizia que água é vida e vida não se vende,
Agora querer vender vergonhoso isso não, e ainda pior dizer que só abri mão se o governo passar 240 mil do fundo isso é muito vergonhoso para um prefeito. PAR
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