O prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB) impõe em Rondonópolis vantagem praticamente sobre todos os adversários na corrida à cadeira de governador, mas encontra um obstáculo: Percival Muniz. Nos confrontos simulados pelos pesquisadores do instituto Mark, no trabalho de campo do último domingo (16), o tucano aparece com percentuais que variam de 32% a 39%, dependendo de quem seriam os adversários.

   Já contra Muniz, o resultado nas intenções de voto é diferente. O ex-prefeito rondonopolitano aparece com 36,3%, enquanto o cuiabano detém 27,6% (ver quadro 10). Embora os pesquisadores da Mark não tenham detectado junto aos entrevistados quanto ao porquê da vitória de Santos em quase todos os quadros desenhados com vistas às eleições de 2010, acredita-se que parte da boa aceitação seja por causa do prefeito Zé do Pátio (PMDB), que comanda o terceiro maior colégio eleitoral do Estado e apóia o tucano abertamente, em detrimento do pré-candidato do seu partido, o vice-governador Silval Barbosa.

   Wilson Santos "bateria" adversários considerados de peso, como o ex-governador e ex-prefeito de Várzea Grande por dois mandatos Jayme Campos. Num eventual segundo turno entre os dois, o tucano teria 32,3% em Rondonópolis, enquanto o democrata ficaria com 16,2% (estimulada 4). Já numa briga com o vice-governador Silval Barbosa, que apesar de ser do mesmo partido de Pátio não conta com apoio do prefeito, o tucano amplia a vantagem: 36,3% a 13,2% (quadro 6). Silval e Jayme ficam empatados tecnicamente. O peemedebista aparece com 17,2%, enquanto o senador figura com 19,7%.

   Numa disputa entre o prefeito cuiabano e o presidente da Assembleia, deputado José Riva (PP), a vantagem seria "elástica. Santos chegaria a 38,3%, enquanto o progressista ficaria com 1,7% (quadro 11). Se a "briga" fosse entre Santos e o empresário Mauro Mendes (PR), a vantagem seria para o prefeito: 37,3% a 9,2% (cenário 5). (Flávia Borges)