Enquanto os petistas, deputado Alexandre Cesar e o secretário estadual de Educação Ságuas Moraes, reforçam o nome de Carlos Abicalil para a sucessão do prefeito Wilson Santos (PSDB), a senadora Serys Marly, de outra corrente, também se coloca à disposição do PT como pré-candidata em Cuiabá. Ela já concorreu ao Palácio Alencastro, em 2000, e ficou em terceiro lugar. Agora, Serys admite disputar o mesmo cargo. “Se o partido decidir serei candidata”.

   O PT vive uma incógnita sobre o pleito de 2008. Fala em candidatura própria, mas, ao mesmo tempo, abriu diálogo com quase todas as legendas, principalmente com o PR do governador Blairo Maggi e que tem Sérgio Ricardo como candidato. Para Serys, o PT deve ter candidato próprio porque "tem nomes fortes". Ela só não arriscou citar um desses "prefeitáveis" do partido capaz de encabeçar a chapa, já que não defende nem mesmo sua pré-candidatura com tanto entusiasmo.

    Sobre alianças, a parlamentar argumenta que respeita a decisão do PT nacional, que amarrou entendimento com o PR desde o ano passado, mas acha necessário que os petistas tenham candidatura própria na maioria dos municípios do Estado.

    Hoje, o nome mais forte dentro do PT na corrida à sucessão em Cuiabá é do deputado federal Abicalil. Serys corre por fora. Aliás, os dois, que constantemente enfrentam divergências, são adversários também na disputa pela direção regional do partido. A eleição acontece em dezembro. “Tenho desenvolvido um projeto para manter o partido regularizado”, disse a senadora, numa referência a seu projeto de continuar no comando da sigla petista. (Pollyana Araújo)