As investigações das contas da Câmara de Cuiabá referentes à época em que o vereador Luiz Marinho (DEM) presidiu o legislativo cuiabano serão retomadas pelo Ministério Público Estadual. Conforme reportagem do jornal A Gazeta desta quinta (31), a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmen Lúcia, negou recurso interposto por Marinho com vistas a proibir a continuidade do processo investigatório. O parlamentar havia recorrido contra a decisão do STJ ao alegar que o MPE não instaurou o inquérito civil a partir de fato preciso e determinado, como prevê a lei, e por isso queria o trancamento do procedimento do órgão fiscalizador.

   A ministra rejeitou ainda o argumento da defesa de que o acórdão do STJ é nulo por causa da falta de fundamentação. "O Tribunal apreciou as questões suscitadas, fundamentando-as de modo suficiente a demonstrar as razões objetivas do convencimento do julgador", disse Carmem Lúcia. (Pollyana Araújo)

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(Às 12h47) - Questionamento se referente à gestão Dentinho

   O ex-presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Luiz Marinho, esclarece que a investida do MPE nada tem a ver com sua gestão daquele período. Marinho comandou o Legislativo por duas vezes, a primeira de 1999 a 2000 e, depois, de 2003 a 2004. O questionamento do MP é sobre a gestão de Wilson Celso Teixeira, o Dentinho, de 1997 a 1998.

   Marinho explica que, em 99, tão logo assumiu a presidência, foi acionado pelo MP, sobre denúncias envolvendo gestões anteriores. Na condição de presidente, Marinho decidiu fazer uma consulta jurídica ao Tribunal de Justiça, que concedeu liminar ao mandado de segurança, por entender que não havia fato determinado sobre denúncias, ou seja, o MP havia instaurado investigação com base em comentários. O MPE decidiu, então, recorrer ao STF, que agora deu a decisão favorável. "Quero esclarecer a sociedade que não houve, da minha parte, nenhuma tentativa de bloquear investigação. Foi um procedimento jurídico do Poder Legislativo".