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Sábado, 10 de Novembro de 2007, 12h:26 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:19
TRE incinera urnas de lona na empresa de Maggi
O Tribunal Regional Eleitoral vai incinerar urnas de lona e de nylon, hoje já sem utilidade em meio à era tecnológica da urna eletrônica. A incineração será na próxima terça (13), às 9h. Partidos, lideranças políticas e representantes de entidades vão ser convidados para acompanhar o ato.
O curioso é o local escolhido pela Justiça Eleitoral para incinerar as urnas: a Amaggi, situada no Distrito Industrial, em Cuiabá. Trata-se da empresa do governador Blairo Maggi.
O uso da urna de lona nas eleições em Mato Grosso já motivaram muitas denúncias de fraudes. Há casos até e que algumas que teriam sido jogadas em rio. Teve até urna presenteada. Uma delas foi parar na fazenda do deputado estadual Gilmar Fabris, em Pedra Preta. Acabou apreendida pela Polícia Federal há três anos.
Antes da informatização, o eleitor pegava um papelzinho dobrado, assinalava quadrinhos, escrevia nome ou número e depositava numa urna de lona. Alguns eleitores que já votam há quase 10 anos nunca pegaram numa cédula dela. Muitos não têm a menor idéia de como era antes. Era trabalhoso, mas pior mesmo era para os mesários, que tinham que assinar atrás de cada cédula.
A apuração era uma verdadeira via-sacra. Levavam-se dias no sobe-desce das porcentagens até se ter certeza absoluta de quem estava realmente eleito. O povo se reunia em ginásios lotados enquanto na quadra era feita a contagem. Ainda tinham as inúmeras denúncias de fraudes, afinal eram pessoas que faziam a contagem. E trabalhavam sob pressão, com inúmeros “fiscais” de todos os partidos em cima o tempo todo, achando dúvidas em qualquer risquinho estranho que existisse numa cédula.
A quantidade de votos nulos também era imensa, por causa de erros que tornavam impossível saber para quem era o voto. Mas a urna eletrônica chegou. Então, o TRE acha que está na hora de apagar o passado, queimando urnas de lona ou de nylon.
(Atualização às 16h40) - O TRE informa que serão incineradas cerca de 2 mil urnas de lona. Vão ser preservadas algumas como reserva de contingência, a ser utilizadas em locais onde, porventura, a eletrônica apresentar problemas nas eleições. Quanto à escolha da Amaggi, o órgão argumenta que foi a única empresa que se colocou à disposição no sentido de permitir uso da estrutura para o trabalho de queima das urnas. Será acompanhado, por exemplo, pela Polícia Federal, membros do TRE, dos partidos políticos e de segmentos sociais.
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