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Sábado, 05 de Maio de 2007, 12h:25 | Atualizado: 26/12/2010, 12h:15
Um grito de alerta
O recente convite do governador ao PT, para integrar a sua administração, provocou um frenético êxtase entre alguns caciques do partido. Vislumbram na tese, a possibilidade de acomodar seus privados interesses nas aconchegantes salas palacianas da assembléia, secretaria de educação ou do próprio Paiaguás. “Não percebem eles” tratar-se de um verdadeiro presente de grego. Não é preciso ir ao píncaro da montanha para enxergar a vastidão do pântano no qual pretendem mergulhar a agremiação partidária em MT.
Mesmo com a educação pública na UTI, é pura politicagem deslocar do parlamento para a pasta da SEDUC, um profissional médico.
Talvez Atenas possa evitar tamanha heresia.
Na realidade, o insano ato visa- num gesto cirúrgico- extirpar do imaginário coletivo todo o patrimônio ideológico que sempre diferenciou a história do Partido dos Trabalhadores nesse Estado.
As velhas cantilenas da governabilidade e da viabilização econômica desta região só servem para desqualificar qualquer oposição, impondo a todos um projeto de desenvolvimento que destrói a natureza e expande, de forma irracional, as fronteiras do agronegócio, centrado na monocultura da soja. Tal projeto foi internacionalmente denunciado como lesivo ao povo: “A expansão da soja na Amazônia tem atraído grandes fazendeiros de outras regiões do Brasil, que se mudaram para cá com a ambição de se tornarem ricos rapidamente. Comunidades locais são ameaçadas e expulsas de suas terras. E a floresta é destruída para dar lugar a soja. Para aqueles que perderam suas terras e viram a destruição que a soja trouxe, o avanço dessa fronteira na Amazônia não significa nada a não ser devastação e miséria” (Greenpeace).
Diante desta unanimidade burra, que almejam construir, quem deverá fiscalizar e impedir as possíveis ações de improbidade administrativa do governo? A atitude do petismo adesista deixará os cidadãos politicamente órfãos dos seus representantes.
Meninos, eu vi! Tempo houve em que as questões polêmicas do partido eram decididas através das amplas e democráticas consultas aos filiados. Confesso que viví. Neruda também testemunhou.
Dando continuidade a este debate e conforme a ordem de inscrição, concedemos agora a palavra ao Sr. Luiz Gonzaga Junior: “Veja bem este caso é uma porta entreaberta; vê se entende este grito de alerta... Há um lado carente dizendo que sim, e esta vida da gente gritando que não”.(in memoriam de Gonzaguinha, poeta e militante petista)
Será que a vala tem mesmo que ser comum?
Helena Maria Bortolo-professora e presidente do SINTEP/Subsede de Cuiabá
Gilson Romeu da Cunha- professor e vice-presidente do SINTEP/Subsede Cuiabá.
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