Polícia
Sexta-Feira, 29 de Novembro de 2019, 11h:40 | Atualizado: 29/11/2019, 17h:58
Jornalista é indiciado por 5 crimes sexuais
Atualizada às 12h17
Da Redação
Olhar Direto

Leonardo Heitor, sendo levado preso, após chegar de viagem à praia
O ex-assessor parlamentar Leonardo Heitor Miranda Araújo, de 38 anos, foi indiciado pela Polícia Civil por estupro tentado, importunação sexual, ameaça, gravação não autorizada da intimidade sexual e descumprimento de medida protetiva de urgência. A Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá concluiu nesta semana cinco inquéritos contra ele.
O acusado foi investigado pela especializada da Capital por diversos crimes contra a dignidade sexual, sendo que, até a presente data, vítimas registraram 10 boletins de ocorrências contra ele.
Os inquéritos conclusos presididos pela delegada Nubya Beatriz Gomes dos Reis serão remetidos ao Ministério Público Estadual para análise. Há a possibilidade do MP denúnciar o jornalista e fazer outras representações cabíveis.
De acordo com a delegada, entre as vítimas relacionadas nos inquéritos uma delas recebeu medida protetiva de urgência tendo em vista relacionamento amoroso anterior com o suspeito. A medida determinava que o rapaz não poderia se aproximar do local de trabalho e da residência dela. Durante as investigações, o investigado descumpriu a medida protetiva por ter comparecido no local de trabalho da vítima e ainda ter feito ameaça.
“Diante dos fatos devidamente comprovados por depoimento de testemunha, interrompemos as conclusões das investigações e imediatamente foi representada pela prisão preventiva do suspeito, sendo que na última segunda (25), acompanhada por um agente da Polícia Federal e policiais da Delegacia da Mulher, realizamos a prisão do investigado no aeroporto de Várzea Grande, quando ele retornava ao Estado.
A delegada ressaltou ainda que a medida protetiva é ordem judicial, e como tal, deve ser cumprida. “Caso o investigado queira contestar a decisão, ele deve usar os meios legais junto ao Poder Judiciário para tentar revertê-la, e não deixar de cumpri-la por entender ser injusta”.
As diligências investigativas reuniram material probatório com oitivas de diversas testemunhas, análise de material coletado - inclusive cópias das mensagens trocadas entre vítimas e suspeito - e quebras de sigilos que comprovaram que as mensagens partiram de terminal telefônico registrado em nome dele.
“Com a conclusão dos inquéritos posso afirmar que as ações do suspeito não limitaram-se apenas a incomodar, perturbar ou molestar suas colegas jornalistas com mensagens de cunho sexual. Em um dos casos, uma das vítimas foi socorrida por amigos quando Leonardo tentava estuprá-la. Em outra situação, sem autorização de uma das vítimas, o investigado filmou o ato sexual entre eles e manteve o conteúdo em seu poder”, informa a delegada Nubya Beatriz.
Os casos de menor complexidade foram encaminhados ao Juizado Especial da Capital, logo no início das investigações.
A Delegacia da Mulher identificou registros de ocorrências de crimes sexuais contra o investigado no Espírito Santo e no Distrito Federal.
Outro lado
À imprensa, ao ser preso, Leonardo alegou que se aproximou da vítima sem saber que ela estava no mesmo prédio que ele. O não pôde ouvi-lo porque está preso. Já constituiu defesa e será representado pela defensora pública Juliana Salvador. "Não me pronuncio a respeito de processos, inquéritos", resumiu. O site está aberto a ouvir a versão do jornalista. (Com Assessoria)
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