Legislativo
Terça-Feira, 01 de Dezembro de 2020, 19h:03 | Atualizado: 02/12/2020, 07h:40
Sem consenso, AL pode adiar de novo votação de confisco de aposentadorias
Andhressa Barboza
O confisco de 14% aos aposentados e pensionistas, aprovado em janeiro pela Assembleia, pode não ser revertido ou alterado nesta quarta (2), como quer a oposição. Nos bastidores, fala-se que ao menos três propostas estariam sendo construídas, sendo uma delas prevendo a redução da alíquota somente a profissionais da educação. Contudo, tramitam formalmente o texto original apresentado por Lúdio Cabral (PT) e um substitutivo assinado por lideranças, sob a articulação do líder do governo Dilmar Dal Bosco (DEM).
O deputado Allan Kardec (PDT) reclama da demora por parte do presidente da Comissão Carlos Avalone (PSDB) a quem acusa de estar “segurando” o PLC nº 36. Já Avalone responde que o colega não estaria bem informado, pois esteve ausente na sessão da AL desta terça (1º).
Assessoria

Pela manhã, o pedetista havia dito à imprensa que o tucano estaria protelando o andamento do projeto, que já passou em 1ª votação e que pretende cobrar formalmente. “O Avalone está segurando, mas ele já foi chamado a atenção, existe uma pressão muito grande da sociedade para que seja votado, eu acredito que o que tem que se fazer é liberar o projeto para ir para plenário, e quem tiver voto ganha ou perca, é assim que funciona a democracia”.
Por outro lado, Avalone considera que está dentro do tempo para apresentar o parecer e diz que teme que a questão possa ser judicializada, já que entende a proposta como inconstitucional. “Eu estou dentro do prazo, ele (Allan) deveria ter comparecido na sessão de hoje para entender. O que eu defendo é uma negociação com o governo para evitar que uma votação precipitada traga insegurança jurídica. Peço prudência. Parece que a lei serve só para desgastar o governo e não para ajudar, de fato, o aposentado”.
Antes da mudança em janeiro, os aposentados pagavam 11% sobre a parcela da remuneração acima do teto do INSS, que é de R$ 6,1 mil. Agora, está valendo a alíquota de 14% para quem recebe mais de R$ 3 mil, mas a cobrança é feita sobre o valor acima de R$ 2 mil.
Se for votado amanhã, o PLC conta com duas propostas para os deputados decidirem. Uma delas é a original, apresentada por Lúdio Cabral (PT) na qual prevê que os aposentados passem a pagar nas mesmas regras de antes de janeiro, mas com a nova alíquota de 14%.
Já o substitutivo do líder do governo, é bem diferente. Dilmar quer vincular a redução da alíquota ao déficit atuarial do MT-Prev e usar como base para o cálculo de isenção os segurados que recebem até R$ 3 mil reajustados anualmente de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Avalone descarta que a AL apresente uma terceira proposta, como a conversa que circula sobre restringir a redução da cobrança aos profissionais da educação. “Não podemos fazer um terceiro, por isso tirei. Uma outra proposta teria que vir do governo”.
O tema é debatido entre parlamentares e a Casa Civil do Governo sob liderança do secretário Mauro Carvalho. O Executivo bate duro para manter o texto original sob argumento de que o déficit da previdência em 2021 será de mais de R$ 740 milhões.
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Comentários (5)
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pedro Souza | Quarta-Feira, 02 de Dezembro de 2020, 09h4201
O Povo tem que aprender e não votar em funcionário publico que só pensa neles e esquecem que todos merecem o mesmo respeito e valorização. O funcionário publico ja possui muitos beneficio e porque tem que ser melhor que os outros. TODOS SOMOS IGUAIS.
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Marlan | Quarta-Feira, 02 de Dezembro de 2020, 05h1971
É ESTUPIDEZ TAXAR MAIS E MAIS OS TRABALHADORES E APOSENTADOS, TODA VEZ QUE QUEREM AUMENTAR A ARRECADAÇÃO. É MAIS FÁCIL, MAIS CÔMODO, É O ELO MAIS FRÁGIL DA CORRENTE QUE TENTA SEGURAR A FOME DO LEÃO ESTATAL, QUE QUANTO MAIS COME, MAIS FAMINTO FICA.
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Desencantado | Terça-Feira, 01 de Dezembro de 2020, 21h56151
A proposta di Dilmar é para idiota ver. Nem é para inglês ver. É para iduota ver. O governo nunca vai dizer que acabou o déficit da previdência. Assim vai continuar eternamente o confisco de nossa aposentadoria. Os políticos roubam a previdência e o aposentado paga a conta.
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Cirlene | Terça-Feira, 01 de Dezembro de 2020, 20h55110
A proposta do Dep. Ludio Cabral é que a cobrança da alíquota de 14% seja cobrada de aposentados e pensionistas que recebam acima do Teto de R$ 6.100,00, ou seja favorecer esses servidores e já foi aprovado em primeira votação. O texto acima me pareceu diferente.
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HELO | Terça-Feira, 01 de Dezembro de 2020, 20h44120
Além de tudo isso (confisco), nós aposentados que temos Verba Rescisória para receber do governo, temos que apresentar uma série de certidões que são emitidas pelo TJMT. Essa emissão é tão complicada e desgastante para idosos, pois nem todos tem acesso à internet e, nos deslocarmos até o TJMT é quase impossível com a pandemia. Um direito que, para muitos tem mais de cinco anos de espera e. quando é liberado vem com condições quase que como se fosse um castigo para quem já contribuiu uma vida inteira com o serviço público estadual.
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