RETROSPECTIVA 2020
Quarta-Feira, 30 de Dezembro de 2020, 07h:28 | Atualizado: 30/12/2020, 11h:07
Cassação e volta de Abílio, disputas da CPI do Paletó e renovação marcam Câmara
Patrícia Sanches

Tensão e troca de farpas foram constantes em 2020 na Câmara de Cuiabá. Além dos tradicionais bate-bocas entre situação e oposição, algumas situações marcaram o ano em que a maior parte das sessões foi realizada de forma online.
Um pouco antes do start da pandemia de Mato Grosso, o vereador Abílio Júnior foi pivô de um tumultuado processo de cassação por quebra de decoro parlamentar. Acumulando mais desafetos do que aliados no decorrer do mandato no Legislativo, acabou se tornando o 4º vereador cassado nos últimos 11 anos. Oséas Machado (PSC) se efetivou na ocasião.
Mas, se o 6 de março teve gosto amargo, o dia 6 de maio teve o sabor doce do retorno emblemático que viria a impulsionar Abílio a ser candidato a prefeito de Cuiabá, meses depois, e quase derrotar o prefeito Emanuel Pinheiro que, de virada, foi reeleito.
O juiz Carlos Roberto Barros de Campos, da 4ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá, entendeu que a Câmara não respeitou a legislação e haveria vícios no processo que culminou na cassação.
E 2020 foi tumultuado também por causa das idas e vindas da CPI do Paletó que se arrastou por essa legislatura. No final do ano passado, a Justiça determinou o reinício dos trabalhos que foram encerrados neste ano, com o arquivamento da denúncia, mas sem manter a tradição de muita confusão.
Dayanne Dallicani

Ainda na Comissão, membros divergiram sobre o desfecho e, contrariando o relator Toninho de Souza (PSD), o grupo, maioria da oposição, pediu o afastamento de Emanuel por 180 dias para investigações.
O relatório, apresentado em julho, teve que ser votado duas vezes – em 16 de julho e em 29 de setembro. Em ambas as ocasiões, o caso foi arquivado.
E, neste clima de forte desgaste, provocado pelos intensos embates entre situação e oposição, e também na “estreia” do fim das coligações, que houve renovação de 14 das 25 vagas. Nem mesmo o presidente da Câmara, Misael Galvão (PTB), conquistou novo mandato. Outro fator que impulsionou tamanha mudança é o fato de Abílio Júnior, Marcelo Bussiki (DEM) e Felipe Wellaton (Cidadania), não terem disputado a reeleição.
Rodinei Crescêncio

Todos concorreram, sem sucesso, à majoritária como vice ou a prefeito. Além da forte renovação, a eleição trouxe outra mudança na composição, desta vez de gênero. A Câmara volta a ter, a partir de janeiro, duas mulheres: Edna Sampaio (PT) e Michelly Alencar (DEM).
No apagar das luzes
Os últimos dias do ano foram bastante agitados no Legislativo. Vereadores fizeram uma maratona de sessões para votar as contas do prefeito Emanuel Pinheiro, a reinstituição da VI de R$ 18,9 mil e o aumento do salário de R$ 15 mil para R$ 18,9 mil.
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