MIMOSO E RONDON
Sexta-Feira, 24 de Janeiro de 2014, 08h:06 | Atualizado: 14/02/2014, 01h:22
No meio do Pantanal, Memorial está entregue ao abandono há 10 anos
Projeto no distrito de Mimoso do que deveria ser um edifício em homenagem ao mato-grossense e patrono das telecomunicações está com obras inacabadas e sofre com falta de manutenção
Marcela Machado
Enviada Especial a Mimoso
Em janeiro, período de chuvas no Pantanal, a vegetação é exuberante. Em meio a natureza, em Mimoso, distrito de Santo Antônio do Leverger (a 70 kms de Cuiabá), está erguido o Memorial Rondon. Em verdade, ali está apenas a parte estrutural do que deveria ser o edifício em homenagem ao patrono das comunicações e um dos mato-grossenses mais conhecidos no país. Estagnada, a obra não vê operários da construção há 8 anos. A última etapa se deu em 2006, no governo Blairo Maggi, quando foi colocado o assoalho da armação de ferro e que nem constava do projeto original.
Iara Rezende/Rdnews

O projeto de se construir o Memorial Rondon, no distrito de Mimoso, em Santo Antônio do Leverger, partiu do ex-governador Dante de Oliveira e estava orçado em R$ 3,8 milhões. Hoje, 10 anos depois e atravessando o terceiro governo, só existe uma armação metálica no meio do mato; comunidade se revolta com o descaso
A iniciativa do Memorial veio do então governador Dante de Oliveira (já falecido). O projeto foi dos arquitetos José Afonso Portocarrero e Paulo César Molina. Em 2002, Dante deixou o cargo e recursos federais foram repassados. O alicerce foi construído. Na gestão Maggi, em 2004, veio a reforma do assoalho. Foram gastos cerca de R$ 780 mil no total e desde então não há nenhuma movimentação. No ano passado, o governador Silval Barbosa pediu que o projeto do Memorial Rondon fosse incluído nas obras da Copa do Mundo e prometeu concluí-lo antes do seu mandato terminar. Restam 10 meses para o peemedebista deixar o comando administrativo do Estado.
A primeira impressão que se tem ao chegar no Memorial Rondon é que a ferrugem e a natureza estão reivindicando o seu lugar. Tanto no chão quanto nas vigas e na ponte que liga terra e construção é possível ver as manchas de cores amarronzadas que significam que o tempo passou e nenhuma manutenção foi feita. A água das chuvas ficou parada no piso, formando enormes poças e logo faz escorregar quem tenta passar por lá. Ao redor, o mato cresce misturado a um pouco de lixo. Em algumas áreas, as plantas chegam a “escalar” o monumento.
Como o Memorial Rondon não foi concluído, não há placas de identificação ou de informações. Nem ao menos dados sobre a obra para que as pessoas que vêm de outros locais saibam do que se trata a estrutura metálica no meio do Pantanal. As únicas palavras escritas por ali são pichações com nomes, declarações de amor, alguns palavrões e desenhos feitos a lápis e caneta nas colunas. Antes de ser retomado pelo governo, aquilo que está pronto precisa de manutenção e consertos, o que eleva ainda mais os custos. Se no projeto original consta orçamento de R$ 3,8 milhões para executá-lo, a tendência é que, ao final, não saia por menos de R$ 4,2 milhões.
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Comentários (3)
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Benildo fco Oliveira | Sexta-Feira, 10 de Outubro de 2014, 22h3620
RS 780.000.00 Por um assoalho! Quanta mutreta.
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Sebastian | Sexta-Feira, 24 de Janeiro de 2014, 20h4310
Gostaria de corrigir a matéria, informando-os que Mimoso fica a cerca de 100 km da capital Cuiabá e não 70 como mencionado, a não ser que estejam fazendo a contagem a partir de Santo Antônio do Leverger.
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João maldaner | Sexta-Feira, 24 de Janeiro de 2014, 20h0720
E só andar mais 5 km para se deparar com outra irresponsabilidade dessa e da adm passada de MT a ponte sobre o rio Mutum, a desculpa será qual. O ministério público onde anda você
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